SISTEMA VIÁRIO

Audiência discute obras de recuperação do túnel do Ponteio

Governos municipal, estadual e federal têm interesse de acelerar o processo

segunda-feira, 16 Abril, 2012 - 00:00

A demora do início das obras de recuperação do túnel em frente ao Ponteio Lar Shopping, na BR-356, região centro-sul da capital mobilizou vereadores, comunidade, comerciantes e poder público a discutirem o assunto em audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário, nesta segunda-feira (16/4). O presidente da Casa, vereador Léo Burguês de Castro (PSDB), que solicitou a audiência, sugeriu um novo encontro entre os governos municipal, estadual e federal em busca de entendimento para agilizar o processo.

O túnel permite o retorno para motoristas na BR-356, no sentido Belo Horizonte-Nova Lima. O tráfego de veículos e pessoas no local foi interrompido depois da queda de um muro, no dia 15 de dezembro, durante o período de chuvas intensas em Belo Horizonte. Além do túnel, também está inoperante a passarela, obrigando pedestres a fazerem a travessia da BR a pé, aumentando o risco de acidentes na via.

Segundo Léo Burguês de Castro, a interdição vem prejudicando o deslocamento milhares de lojistas, moradores e outras pessoas que circulam diariamente na região. “O desmoronamento do túnel tem ocasionado engarrafamento em todos os horários e a população quer uma solução imediata para o problema”, declarou.

De acordo com o representante da Associação dos Lojistas do Ponteio Lar Shopping, Luiz Sternick, dados da BHTRANS comprovam que transitam na BR-356 40 mil veículos por dia e, nos constantes engarrafamentos, as pessoas demoram cerca de 45 minutos em seu trajeto, ao passar pela rodovia. “Isso cerceia direitos do cidadão garantidos pela Constituição, como a liberdade de ir e vir. Estamos tentando impedir a paralisação do trânsito na BR, pois parar a BR significa parar o país”, constatou.

Para o morador do Bairro Santa Lúcia e geólogo com experiência em obras de contenção, Zsolt Miklos Gombossy, o muro foi mal dimensionado e rompeu-se por excesso de empuxo. “O maior responsável pelo acidente foi o DNIT. A água da canaleta do corte reparado em 2011 deve ser conduzida para longe, até onde a própria BR-356 passa a ter declividade, não para o muro”, avaliou Zsolt.

Demora das obras

O DNIT, Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, autarquia federal responsável pela obra, informou que o processo de licitação para contratação de empresa para executar a reforma está em andamento. A justificativa do órgão para a demora é que como não se trata de uma obra emergencial, a aprovação do serviço deve passar por todas as etapas de um processo licitatório convencional. O resultado deve ser conhecido nos próximos 90 dias. As obras podem durar cerca de dois meses e devem custar pelo menos R$ 800 mil.

O secretário municipal de Serviços Urbanos, Pier Giorgio Senesi Filho, disse que a PBH está disposta a colaborar na realização das obras, assim como o governo do Estado, mas depende de autorização do DNIT em função de impedimentos legais.

Um projeto de lei (PL 2057/11) do vereador Wagner Messias "Preto" (DEM) pretende mudar a responsabilidade pela manutenção da Avenida Nossa Senhora do Carmo. Por ser considerada uma rodovia, ela está sob a jurisdição do DNIT. Pelo projeto do vereador, ela ficaria a cargo da Prefeitura. O marco zero da rodovia seria depois do BH Shopping, na saída da cidade, mas na audiência foi sugerido que o começo da BR fosse o Viaduto do Mutuca.

Com o objetivo de proporcionar entendimento entre as instâncias de governo envolvidas, Léo Burguês propôs a realização de uma nova reunião com o governo do Estado, DNIT, DER e PBH para a solução do problema.

Superintendência de Comunicação Instittucional