Vereador cobra políticas públicas da Prefeitura sobre drogas

Na audiência pública realizada pela Comissão de Saúde e Saneamento no dia 24/8, o vereador Cabo Júlio (PMDB), que solicitou a reunião, defendeu a internação voluntária de usuário de drogas e a parceria com o Clube de Diretores Lojistas, empresas privadas e Poder Público para sua reinserção no mercado. A Prefeitura apresentou ações que vêm sendo implantadas, como ampliação do número de consultórios, CERSAMs, profissionais e leitos hospitalares. Dependentes que necessitem de tratamento temporário fora do ambiente onde vivem também serão atendidos.

“O usuário precisa ser segregado para que o tratamento tenha resultado. Além disso, a internação deve ser voluntária”, destacou Cabo Júlio.

Já para o Secretário Municipal de Políticas Sociais, Jorge Raimundo Nahas, tecnicamente, as áreas de Saúde e Políticas Sociais são contrárias a retirar o drogadicto do convívio social e comunitário. “A família e a comunidade têm valor terapêutico, pois esse convívio proporciona um ambiente acolhedor ao dependente”.

Assim como Cabo Júlio, a secretária adjunta da Secretaria Municipal de Saúde, Suzana Rates, também não acredita na eficácia de internações prolongadas. “A reinserção torna-se muito difícil, pois o dependente já está desintegrado de sua família”, ponderou a secretária.

Ações da Prefeitura

Segundo a secretária, a Prefeitura vem investindo na redução de danos, por meio da prevenção de doenças como a Aids. Nos últimos seis meses, foram implantados dois consultórios de rua, em que usuários são abordados em ruas e favelas. Outras duas unidades serão instaladas ainda neste ano.

Também serão implantados mais três Centros de Referência em Saúde Mental (CERSAM) adulto e infantil, na rede municipal, para atender às regiões Noroeste, Centro-Sul e Nordeste. Os usuários serão atendidos por 147 psicólogos da Equipe Saúde da Família, nos centros de Saúde, um em cada centro, e serão disponibilizados dois funcionários para atendimento 24 horas.

A Prefeitura ampliará ainda de 12 para 48 os leitos hospitalares disponíveis, que fazem parte do projeto-piloto realizado com o Hospital Risoleta Neves  para tratamentos específicos relacionados ao uso de álcool e droga, como abstinência e intoxicação, com acompanhamento de equipe multidisciplinar.

Para o atendimento de casos onde há demanda de se retirar temporariamente o paciente do seu ambiente cotidiano, será oferecida a “residência transitória”, com acompanhamento do CERSAM e CAPS AD, em parceria com ONGs e comunidades terapêuticas, estabelecidas por meio de edital.

Também participaram da audiência os vereadores Preto do Sacolão (PMDB), Edinho Ribeiro (PTdoB), Toninho Pinheiro da Vila Pinho (PT do B), Márcio Almeida (PRP) e Tarcísio Caixeta (PT).

Superintendência de Comunicação Institucional