Plenário

Volta do recesso é marcada pela presença de manifestantes

A primeira reunião plenária do 2º semestre, realizada nesta quinta-feira (1º/8), foi acompanhada por cerca de 50 manifestantes, que reivindicavam a abertura das planilhas das empresas de transporte coletivo e mais transparência no Executivo. Ao final da reunião, alguns manifestantes decidiram continuar na galeria do Plenário Amynthas de Barros e na portaria da Casa. Foi proposta a criação de uma CPI para apurar licitações e contratos com as empresas rodoviárias.

quinta-feira, 1 Agosto, 2013 - 00:00
Manifestantes acompanham primeira reunião plenária do segundo semestre

Manifestantes acompanham primeira reunião plenária do segundo semestre

A primeira reunião plenária do 2º semestre, realizada na tarde desta quinta-feira (1º/8), foi acompanhada por cerca de 50 manifestantes, que reivindicavam a abertura das planilhas das empresas de transporte coletivo e mais transparência no Executivo e no Legislativo municipais, assim como maior fiscalização das ações do governo estadual. Vereadores propuseram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apuração das licitações e contratos municipais com as empresas rodoviárias. Ao final da reunião, encerrada por falta de quórum, parte dos manifestantes decidiu continuar na galeria superior do Plenário Amynthas de Barros e do lado de fora da entrada principal da Casa. 

Pinga-fogo

Com palavras de ordem como “poder para o povo pra fazer um mundo novo” e “estado laico”, manifestantes inibiram a tradicional leitura bíblica realizada por um dos vereadores ao início de cada reunião plenária e protestaram durante as falas dos demais parlamentares. A reunião foi aberta com 26 vereadores presentes, mas os seis projetos em pauta não chegaram a ser apreciados.

Os parlamentares aproveitaram o início da reunião para expor problemas que os preocupam em relação à cidade e cobrar ações do Executivo. Arnaldo Godoy (PT) destacou a luta dos movimentos populares por moradia, que conseguiram abrir negociação com a Prefeitura, na última semana, após anos de tentativas e pressão social, e denunciou a possível cobrança irregular de ingressos, autorizada pelo Município, para evento musical em praça pública no próximo domingo. Já Leonardo Mattos (PV) cumprimentou o prefeito Márcio Lacerda pela publicação de lei de sua autoria em favor das pessoas com deficiência.

Gilson Reis (PCdoB) apresentou proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o processo licitatório e os contratos de concessão dos serviços de transporte público municipais com as empresas rodoviárias. O vereador explicou que precisa do apoio de, pelo menos, 13 parlamentares para a criação da CPI e já conta com a sinalização favorável da bancada do PT, composta por seis vereadores.

Iran Barbosa (PMDB) cobrou maior participação popular em causas defendidas por ele, como a manutenção da Mata do Isidoro e lamentou manifestação da galeria que afirmava que “aqui ninguém trabalha”, destacando que o discurso contra os políticos e as instituições públicas não poderia ser generalizado. O vereador anunciou que irá entrar com uma ação popular contra a Prefeitura, exigindo a divulgação das planilhas o que, segundo ele, já está previsto em lei e deveria estar sendo cumprido.

Presidência

Presidente em exercício, o vereador Wellington Magalhães (PTN) afirmou que irá trabalhar por maior segurança na Casa e lamentou as manifestações populares que teriam, segundo ele, desrespeitado a fala dos vereadores. “Para mim (essa manifestação) é partidária, não é a voz do povo”, afirmou o parlamentar. “A Câmara não vai impedir a entrada de ninguém, mas isso deve ser feito com segurança”, completou, lembrando a criação de uma comissão especial de estudos sobre segurança institucional.

Superintendência de Comunicação Institucional