VISITAS TÉCNICAS

Centros de saúde na Região Nordeste cobram melhorias e ampliação

Com demanda diária de atendimento entre 250 e 600 pessoas nos centros de saúde Maria Goretti (Bairro Maria Goretti) e Marivanda Baleeiro (Bairro Paulo VI), os moradores da Região Nordeste têm denunciado a precariedade no atendimento, em razão da falta de espaço e de outras limitações estruturais das unidades. A situação foi avaliada pelos vereadores da Comissão de Saúde e Saneamento em visita técnica aos dois centros de saúde na tarde desta quarta-feira (20/5).

quarta-feira, 20 Maio, 2015 - 00:00
Centros de saúde na região Nordeste cobram melhorias e ampliação. Imagem: TV Câmara/CMBH

Centros de saúde na região Nordeste cobram melhorias e ampliação. Imagem: TV Câmara/CMBH

Com demanda diária de atendimento entre 250 e 600 pessoas nos centros de saúde Maria Goretti (Bairro Maria Goretti) e Marivanda Baleeiro (Bairro Paulo VI), os moradores da Região Nordeste têm denunciado a precariedade no atendimento, em razão da falta de espaço e de outras limitações estruturais das unidades. A situação foi avaliada pelos vereadores da Comissão de Saúde e Saneamento em visita técnica aos dois centros de saúde na tarde desta quarta-feira (20/5). O objetivo da comissão é que, até o final de 2016, todos os hospitais municipais e os 147 centros de saúde da capital tenham sua estrutura física e atendimento prestado ao usuário avaliados pela Câmara Municipal. Ao final desse prazo, será encaminhado um relatório à Secretaria Municipal de Saúde, contendo um diagnóstico dos serviços ofertados à população e os pontos a serem melhorados.

C. S. Maria Goretti

Iluminação precária, ventilação insuficiente e salas pequenas estão entre os inúmeros problemas estruturais apontados pelos usuários, que têm causado grandes prejuízos ao atendimento no Centro de Saúde Maria Goretti. Diante do crescimento populacional da região nos últimos anos e das carências apontadas, inclusive na segurança da unidade, a comunidade reivindica a construção de uma nova sede para o Centro, com estrutura para atender cerca de 15mil usuários e acolher quatro equipes do Programa Saúde da Família (PSF). A situação já foi tema de audiência pública da Comissão de Orçamento e Finanças Públicas e foi verificada no local pela Comissão de Saúde e Saneamento.

“O espaço aqui não suporta toda a demanda. Alguns atendimentos complementares são feitos até na paróquia”, alertou a presidente do Conselho Distrital de Saúde Nordeste, Andréa Paiva. A conselheira destacou que as quatro equipes do PSF estão completas e que no corpo de profissionais da unidade faltaria apenas um ginecologista e mais agentes comunitários de saúde. No entanto, as limitações estruturais impedem a organização do trabalho, impossibilitando, inclusive, a adequada triagem e categorização das urgências para ordenar o atendimento.

PPP da Saúde

A principal reivindicação da comunidade é para que a Prefeitura cumpra o Decreto Municipal nº 14.737, de 2011, que declara de utilidade pública três imóveis na região (Bairro Pirajá) para fins de desapropriação. No local, seria construída a nova unidade para o Centro de Saúde Maria Goretti, por meio de parceria público-privada (PPP). As obras, previstas em 2011, são objeto de licitação pública ainda em andamento. Autor do requerimento para a visita, Márcio Almeida (PRP) explicou que a Prefeitura está buscando terrenos públicos na região para evitar gastos com as desapropriações. “O desafio é encontrar um local adequado para que, até o ano que vem, possamos ter uma nova sede para o centro de saúde”, afirmou o vereador.

Além da liberação do terreno, a comunidade aguarda resultado da licitação que irá definir a empresa parceira para execução da obra. Edital lançado em dezembro do ano passado prevê a construção de 77 centros de saúde na capital, entre eles o Maria Goretti. A abertura dos envelopes, com as construtoras interessadas, está prevista para o dia 29 deste mês, e as obras da primeira fase seriam iniciadas a partir de agosto ou setembro. No entanto, o CS Maria Goretti deve ser incluído apenas na segunda fase das obras.

C. S. Marivanda Baleeiro

Em situação semelhante ao Maria Goretti, o Centro de Saúde Marivanda Baleeiro também sofre com o tamanho reduzido da sede e aguarda a construção de uma nova unidade a partir do edital das PPPs. Já responsável pelo atendimento a 14 mil moradores da região, a unidade tem recebido a demanda de novos oito mil usuários, resultante da construção de cerca de três mil unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida no entorno.

A conselheira de saúde Andréa Paiva destacou que a proporção ideal seria de 2,8 mil usuários para cada equipe do PSF, contrapondo os números à realidade do C.S. Marivanda Baleeiro, que está somando 22 mil usuários para quatro equipes do PSF. A comunidade parabenizou os servidores da unidade pelo trabalho desempenhado, mas denunciou a falta de estrutura para garantir atendimento a todo mundo.

“É necessário que a Secretaria Municipal de Saúde volte sua atenção a esses postos de saúde. É preciso ampliar o números de agentes comunitários e o tamanho das sedes”, afirmou Márcio Almeida. O parlamentar destacou que o C. S. Marivanda Baleeiro está bem localizado em um terreno com possibilidades de ampliação, mas a falta de documentação impede obras de reformas. Para o vereador, a construção de nova unidade, por meio da PPP, pode ser uma solução, mas o prazo para execução e conclusão dessa obra pode ser muito longo. “Sabemos que são muitos desafios, mas acreditamos que as visitas técnicas podem colaborar para identificar e resolver os problemas”, afirmou.

Também acompanharam as visitas técnicas os vereadores Dr. Nilton (Pros) e Veré da Farmácia.

Superintendência de Comunicação Institucional