RESÍDUOS SÓLIDOS

Comissão vistoria aterro sanitário em Sabará

Motivada por reclamações de caçambeiros sobre custo relativo ao transporte do lixo da capital para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Macaúbas, em Sabará, e sobre o despejo clandestino de resíduos, a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana realizou, nesta terça-feira (16/2), visita técnica ao aterro sanitário. Proposta do vereador Professor Wendel (PSB) para recebimento do lixo por regionais será debatida em audiência pública nesta quinta (18/2).

terça-feira, 16 Fevereiro, 2016 - 00:00
Comissão vistoria Aterro Sanitário em Sabará. Foto: Divulgação CMBH

Comissão vistoria Aterro Sanitário em Sabará. Foto: Divulgação CMBH

Motivada por reclamações de caçambeiros sobre custo relativo ao transporte do lixo da capital para a Central de Tratamento de Resíduos (CTR) Macaúbas, em Sabará, e sobre o despejo clandestino, a Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana realizou, nesta terça-feira (16/2), visita técnica ao aterro sanitário. O local recebe, em média, 2,5 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos de Belo Horizonte, incluindo resíduos domésticos, da construção civil, de demolição e industriais. Em estudo, projeto de lei de autoria do vereador Professor Wendel(PSB) propõe o recebimento do lixo por regionais. Visando subsidiar a proposta, nesta quinta (18/2), o tema será debatido em audiência pública na Câmara Municipal.

Segundo o vereador Professor Wendel, que solicitou a visita, o objetivo foi buscar uma solução para o despejo clandestino de entulhos em terrenos da capital, que vem causando constrangimento e riscos à população, exposta a focos de dengue. “De acordo com os caçambeiros, o preço do aluguel da caçamba e da tonelada do transbordo é inviável”, relatou.

Na oportunidade, Wendel informou que será encaminhado ofício à empresa responsável pelo empreendimento, solicitando dados referentes ao percentual de entulhos recebidos no aterro, provenientes de particulares e da prefeitura. O parlamentar destacou, ainda, que na audiência pública, a ser realizada no dia 18/2, serão convocados caçambeiros e empresas que fazem o recolhimento. “Também estamos agendando uma reunião com a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), para que possamos dar melhor embasamento ao projeto”, completou Wendel.

Resíduos

No aterro, que conta com quatro balanças, duas na entrada e duas na saída, são recebidos resíduos tanto do mercado público, quanto do privado. Os caminhões são pesados na entrada, quando é feito o descarte, e na saída, quando avalia-se o valor da pesagem.

Conforme explicou o engenheiro responsável pela produção no aterro sanitário, Daniel Carvalho, a CTR Macaúbas recebe resíduos de Belo Horizonte e de 12 municípios da Região Metropolitana, sendo, em média, 2,5 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos provenientes de BH. Hoje, o aterro está licenciado para receber 4,1 mil toneladas/dia de resíduos sólidos urbanos, 700 toneladas de resíduos de construção de demolição, estando, ainda, licenciado para receber resíduos industriais, todos de classe 2 (não perigosos) totalizando 3,8 mil toneladas/dia. A licença de operação vigora até 2017 e o empreendimento possui mais 15 anos de vida útil. Está prevista a construção de uma nova unidade, com capacidade de 25 anos de operação.

Funcionamento do aterro

“O controle ambiental é um dos nossos principais focos na operação do empreendimento, incluindo o monitoramento de recursos hídricos, da fauna, da atmosfera e de odores que podem impactar a comunidade vizinha. O aterro é muito bem equipado”, ressaltou Carvalho. Segundo ele, inicialmente, é feita no aterro uma terraplenagem; depois, é colocada uma camada de 70 cm de argila; e, em seguida, é instalada uma geomembrana, cuja função é a impermebealização e proteção dos recursos hídricos subterrâneos e do solo. Depois da geomembrana, é colocada uma camada de 40 cm de argila para a proteção da geomembrana e para melhoria da impermeabilização. Na base do aterro, é feito um dreno, onde é transportado todo o chorume até um tanque. Todas as camadas medem, aproximadamente, 6 metros, e, em cada uma, é feita uma nova estrutura de drenagem de líquido percolado, tanto horizontal quanto vertical. A estrutura vertical tem como função a captação do biogás e do chorume e o seu transporte até a base do aterro e ao tanque.

Por meio de parceria com a Copasa, todo o chorume do aterro é encaminhado para a estação de tratamento ETE Onça, da Copasa, que, por sua vez, encaminha para o aterro o lodo das estações de tratamento de esgoto e de água.

A Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e a Coordenadoria de Fiscalização do Município de Belo Horizonte do Tribunal de Contas da União também acompanharam a visita.

Superintendência de Comunicação Institucional