Depredação do Cemitério do Bonfim estará em pauta na terça (7/3)

Patrimônio afetivo, histórico e cultural de Belo Horizonte, o Cemitério do Bonfim enfrenta uma realidade de depredação e abandono. O assunto será tema de audiência pública na Câmara Municipal de Belo Horizonte na próxima terça-feira (7/4), às 13h30, no Plenário Helvécio Arantes. A reunião  foi requerida pelo vereador Adriano Ventura (PT) e será realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumido.

Apesar do valor patrimonial e cultural do conjunto arquitetônico, que se transformou em atração turística devido aos mausoléus e esculturas imponentes nos túmulos construídos com mármore, bronze ou granito, o Cemitério do Bonfim, que possui cerca de 17 mil túmulos divididos em 54 quadras, sofre com depredação, roubo de peças e sujeira.

Em meio à mudança na empresa terceirizada que realiza a manutenção, as más condições levaram o Ministério Público a ajuizar uma ação contra a Prefeitura de Belo Horizonte e a Fundação de Parques Municipais, responsável pela administração do bem público.

Problemas apontados

Vários problemas podem ser constatados no Cemitério do Bonfim por quem vai ao local, como o mato, que dificulta o acesso dos visitantes aos túmulos, e o lixo, que atrai baratas e outros insetos. O cemitério apresenta, ainda, iluminação ruim, insuficiência de guardas municipais, falta de guaritas para controle de quem entra e sai e furto frequente de peças em mármore e bronze.

Segundo a Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais, muitas pessoas entram durante o dia no cemitério, bambeiam os parafusos das peças e voltam à noite para levá-las. Assim, cerca de 500 peças que foram retiradas estão entulhadas em um quarto na sede administrativa. Segundo a Promotoria, crucifixos e esculturas roubadas são vendidas no mercado paralelo a preços elevados.

O vereador Adriano Ventura destaca a importância da preservação do Cemitério do Bonfim, pelo seu valor histórico e cultural, fazendo parte da própria história da cidade. “Visitado por amigos e familiares que enterraram seus entes queridos, o local merece um cuidado especial por parte da Prefeitura e por sua manutenção, preservação e guarda”, concluiu.

Foram convidados para a audiência representantes da Secretaria Municipal de Governo, Fundação de Parques Municipais e Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural e Turístico de Minas Gerais.

Superintendência de Comunicação Institucional