O PASSADO EM 3D

Câmara lança aplicativo que retrata como era BH em 1911

O software permite ao internauta visitar de bonde praças e edificações

quinta-feira, 13 Novembro, 2014 - 00:00
Aplicativo permite passeio de bonde pela rua Gonçalves Dias (Praça da Liberdade). Foto: Pró-Memória/CMBH

Aplicativo permite passeio de bonde pela rua Gonçalves Dias (Praça da Liberdade). Foto: Pró-Memória/CMBH

Uma viagem ao túnel do tempo, visitando, de bonde, monumentos, praças e construções arquitetônicas, em uma cidade tranquila e arborizada. Lançado nesta quinta-feira (13/11) na Câmara Municipal e integrando o Programa Pró-Memória, o software “Passeio Virtual Belo Horizonte 1911”, desenvolvido em plataforma 3D, permite ao internauta escolher seu próprio itinerário para percorrer as ruas da capital no início do século 20, passando pela Praça da Estação e pela Praça da República (Praça Afonso Arinos), até a chegar à Praça da Liberdade. Clique aqui para baixar o aplicativo.

O passeio começa pela Estação Central, na Praça da Estação, de onde pode-se subir a Rua da Bahia até chegar à Praça da Liberdade. No trajeto, cada ponto visitado tem a sua história: a Praça da Estação é a entrada da cidade, onde chegavam materiais para a construção da capital e onde surgiram as primeiras indústrias têxteis. A Rua da Bahia, à época, era para onde convergiam  os eixos cultural e comercial. No trecho entre a Avenida Afonso Pena e a Rua da Bahia funcionava a Igreja Metodista, hoje Igreja São José. Subindo até a Praça Afonso Arinos, antiga Praça da República, havia a Escola de Direito e a Câmara dos Deputados; subindo a Avenida João Pinheiro até a Praça da Liberdade, observa-se uma cenário bem diferente do que é hoje, com árvores recém-plantadas e um vasto horizonte.

 Segundo o coordenador do projeto Pró-Memória e diretor do Processo Legislativo da Câmara, Guilherme Avelar, o software mescla conhecimento e diversão. “Esperamos, com esse produto, estimular a curiosidade das pessoas, vendo os espaços sem saber exatamente como eram, como são e como poderiam ser, não somente informando, mas sentindo o que se vê”, afirmou.

Metodologia

Segundo o diretor de arte do Projeto Passeio Virtual Belo Horizonte 1911, Rafael Guimarães, o aplicativo foi desenvolvido em dois anos, por meio de pesquisas e da reconstrução de ruas, esquinas e edifícios, buscando levar ao público, da forma mais realista possível, o cenário da cidade à época, com as pessoas passeando nas ruas e com charretes e bondes. “Não fizemos somente uma maquete, mas criamos uma história dentro do aplicativo, possibilitando ao internauta interagir”, completou.

Para o presidente da Câmara Municipal, vereador Léo Burguês de Castro (PTdoB), a importância do aplicativo é possibilitar o conhecimento e a preservação do passado, para que se possa entender o presente e planejar o futuro. “É uma forma de a Câmara contribuir com a preservação da nossa história, incentivando crianças e jovens a participar dela”, acrescentou Burguês.

Após a apresentação do funcionamento do aplicativo, as pessoas puderam fazer, na prática, o passeio virtual. Conforme relatou a jornalista Adriana Lage, o passeio é uma viagem no tempo, que permite conhecer, com profundidade, a história de Belo Horizonte. “Constatei que muita coisa ainda está preservada. Assim, acho que uma das funções do software é possibilitar que o cidadão se informe e cobre de seus representantes a manutenção e a preservação da nossa cidade”, concluiu.

Programa Pró-Memória

O Pró-Memória foi instituído oficialmente em 2009. Porém, desde 2005, a equipe do programa já trabalhava em pesquisas sobre a memória da cidade, dando origem a várias publicações, como o livro “Ciclones e Macaréus”, que retrata a mudança da capital para Belo Horizonte e a criação da primeira Câmara Municipal; e uma revista, lançada em 2006, que trata da reabertura da Câmara, em 1936. O programa também teve participação em revista comemorativa da Lei Orgânica do Município. Novos projetos estão sendo desenvolvidos, como a produção do segundo volume da história da Câmara Municipal, de 1900 a 1947, e a criação do Museu Virtual, um grande banco de dados, de fácil acesso e pesquisa, que conterá documentos e informações catalogadas sobre tudo o que foi realizado por cada vereador, desde 1900.

Assista à cerimônia de lançamento do projeto aqui

Superintendência de Comunicação Institucional