Homenagem póstuma

Câmara de BH promulga projeto que homenageia Helena Greco

Nome da ex-vereadora foi dado ao antigo viaduto Castelo Branco

quarta-feira, 30 Abril, 2014 - 00:00
Wellington Magalhães sanciona projeto ao lado do ex-vereador Betinho Duarte - Foto: Divulgação CMBH

Wellington Magalhães sanciona projeto ao lado do ex-vereador Betinho Duarte - Foto: Divulgação CMBH

O viaduto que faz o prolongamento da Avenida Bias Fortes em direção ao Bairro Carlos Prates agora tem novo nome: Helena Greco. Projeto que homenageia a ex-vereadora e militante pelos direitos humanos foi promulgado nesta quarta-feira (30/4) pelo presidente em exercício da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Wellington Magalhães (PTN). 

Presente à solenidade, o ex-presidente da Câmara, Betinho Duarte, considerou a promulgação do projeto um “ato histórico” do legislativo belo-horizontino, cumprido, como ele mesmo fez questão de destacar, dois anos, oito meses e três dias após o falecimento de Helena Greco, que morreu em 2011, aos 95 anos, vítima de insuficiência cardíaca.

O projeto que deu origem à lei foi apresentado pelo vereador Tarcísio Caixeta (PT), que considerou sua sanção como símbolo do resgate da história das pessoas, que, como Helena Greco, lutaram pela redemocratização do país.  O viaduto que recebeu o seu nome chamava-se, até dezembro de 2012, Castelo Branco, nome dado em 1971 por decreto municipal que homenageou também outro presidente do regime militar, Costa e Silva.

Em 2012, a Câmara aprovou projeto de Tarcísio Caixeta que renomeava dois viadutos da cidade. Ao viaduto Costa e Silva, ele deu o nome do ex-deputado José Maria Magalhães, pai do ex-vereador José Lincoln Magalhães. O problema se deu na hora de trocar o nome do viaduto Castelo Branco pelo de Helena Greco. A mudança não foi aceita pela Câmara. Com isso, o viaduto ficou, desde dezembro daquele ano, sem nome.  

Helena Greco nasceu em Abaeté, na região Central de Minas. Era formada em farmácia, mas foi na militância política que encontrou sua vocação.  Sua militância iniciou-se na época da ditadura. Ela foi uma das principais responsáveis pelo movimento em favor da anistia no país. Foi presidente e fundadora do Movimento Feminino pela Anistia em Minas Gerias, em 1977, e do Comitê Brasileiro de Anistia, em 1978.

Em 1983, Helena Greco foi eleita vereadora, pelo PT, partido do qual foi uma das fundadoras. Em seu primeiro mandato, foi responsável pela primeira troca de nome de rua que homenageava pessoa comprometida com a ditadura. A rua levava o nome de Dan Mitrione, agente norte-americano que veio a Belo Horizonte e outras capitais do país para treinar os policiais brasileiros na aplicação de técnicas de tortura durante o regime militar.

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