LAZER E TURISMO

Se houver demanda, Belotur poderá apoiar carnaval cristão

Empresa sugeriu mobilização das comunidades religiosas

quinta-feira, 12 Dezembro, 2013 - 00:00
Empresa apontou nova vocação da cidade e sugeriu mobilização das comunidades religiosas

Empresa apontou nova vocação da cidade e sugeriu mobilização das comunidades religiosas

Em audiência pública requerida à Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, realizada nesta quinta-feira (12/12), o vereador Marcelo Aro (PHS) recebeu representantes da Belotur para avaliar a possibilidade de tornar BH referência nacional para os cristãos no período do carnaval. Seguindo recomendação do órgão, o parlamentar e lideranças religiosas irão mobilizar a comunidade, com vistas a gerar demanda para a organização de eventos voltados a esse público.

Na abertura da reunião, Marcelo Aro ressaltou a vocação de BH para o sossego no período de carnaval, quando, segundo ele, a cidade tradicionalmente fica “parada” e esvaziada, já que grande parte da população vai brincar o carnaval no interior ou em outras capitais do país. Diante disso, o parlamentar propôs a realização de eventos de cunho religioso e espiritual, como procissões, orações e apresentação de artistas cristãos, atraindo públicos de outras localidades e tornando BH a capital da fé no período.

De acordo com Aro, reforçado pelo líder da Comunidade Shalom e proprietário de lojas de artigos religiosos, Luciano Bretas, o fluxo de cristãos fortaleceria o turismo e a economia da cidade durante o carnaval, além de promover alegria e confraternização sem a presença de álcool, drogas ou violência. Bretas citou exemplos como o carnaval cristão promovido pela Igreja Canção Nova, no Rio de Janeiro, que reúne mais de 200 mil pessoas no Maracanãzinho, e o Rebanhão, em Betim, que neste ano atraiu mais de 100 mil pessoas “sedentas de Deus”.

“Tsunami”

O diretor de Eventos da Belotur, Felipe Barreto, salientou a mudança observada em Belo Horizonte nos últimos dois anos, quando dezenas de blocos e centenas de milhares de foliões ocuparam as ruas durante todos os dias do carnaval, de forma espontânea e sem nenhum tipo de divulgação, promoção ou incentivo. Segundo ele, o fenômeno, que ele classificou como um “verdadeiro tsunami”, surpreendeu a todas as instâncias do poder público, que criou uma comissão mista com a participação da BHTrans, Polícia Militar, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e outros atores envolvidos na busca de estratégias para enfrentar o desafio.

Apresentando os dados referentes a este ano e as previsões para 2014, quando o número de blocos e foliões deverá triplicar, o servidor ressaltou que a ação do órgão tem sido apenas no sentido de organizar o evento,  garantindo a preservação do patrimônio, os direitos e a segurança de todos os cidadãos. Para isso, além da definição das rotas, serão instaladas 13 estruturas, para onde os blocos deverão se dirigir, onde serão montados palco para atrações, posto médico e banheiros, com vistas à descentralização e maior organização da festa.

Ação sob demanda

Barreto afirmou que o próximo carnaval será um “grande teste” para a cidade, e que a Belotur não pretende promover e divulgar o evento ou viabilizar a realização de outras festividades no período antes de avaliar os resultados da estratégia. Afirmando a possibilidade de conciliar os diferentes públicos e finalidades, de forma democrática, e a disponibilidade do órgão a apoiar o evento, ele recomendou ao vereador e ao religioso que se organizem e mobilizem a comunidade cristã no sentido de gerar a demanda.

Dessa forma, Marcelo Aro disse que irá promover reuniões com as comunidades, com o objetivo de elaborar um projeto que possa ser acolhido pela Belotur, podendo iniciar com a organização de um bloco de oração e celebração e a destinação de um palco para as atrações religiosas já em 2014. “O público católico espera algo assim”, afirmou o parlamentar.

Assista aqui à reunião na íntegra. 

Superintendência de Comunicação Institucional