COmissão Especial da Lagoa

Vereadores visitam canteiro de obras de desassoreamento da represa

A Comissão Especial de Estudo para o acompanhamento das obras de limpeza da Lagoa da Pampulha esteve na manhã desta sexta-feira (8/11) na enseada do Zoológico, local onde está instalado parte do maquinário utilizado no desassoreamento da represa. Sete parlamentares participaram da visita com o objetivo de fiscalizar o andamento das obras para a retirada de 800 mil m³ de matéria sólida da Lagoa, no prazo de oito meses, a um custo de R$109 milhões.

sexta-feira, 8 Novembro, 2013 - 00:00

Vereadores fizeram visita técnica na manhã desta sexta-feira (8/11) à enseada do Zoológico, local onde está instalado parte do maquinário utilizado no desassoreamento da Lagoa da Pampulha. O objetivo da visita, realizada pela Comissão Especial de Estudo dedicada ao assunto, foi fiscalizar o andamento das obras que devem retirar 800 mil m³ de matéria sólida da represa no prazo de oito meses a um custo de R$109 milhões.

O vice-líder do governo, vereador Sergio Fernando Pinho Tavares (PV), salientou o papel da Câmara Municipal no processo ao aprovar a contratação de empréstimo pela Prefeitura no valor de US$75 milhões para o financiamento das intervenções na Lagoa. De acordo com ele, que também é presidente da Comissão Especial de Estudo que acompanha a limpeza da Lagoa, uma vez superado o impedimento financeiro para a realização das obras, cabe, agora, ao Legislativo fiscalizar o uso dos recursos e o andamento do empreendimento.

Segundo a Sudecap, estão sendo utilizadas duas dragas de quatorze polegadas e duas desidratadoras no processo de desassoreamento. As dragas estão aptas a fazer a remoção de 1700 m³/hora de matéria sólida e líquida da Lagoa. O material recolhido é conduzido por meio de tubulações a desidratadoras que separam a água das substâncias sólidas – principalmente areia, lixo e argila. De acordo com o supervisor de Obras da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Ticiano Passini, o esperado é que 20% do material dragado esteja em estado sólido e tenha como destinos finais as cidades de Santa Luzia e Ribeirão das Neves. Segundo ele, estão sendo tomadas as medidas mitigadoras necessárias para evitar quaisquer problemas ambientais nas áreas que irão receber os sedimentos. Passini também salienta que os procedimentos de deposição estão autorizados pelos órgãos ambientais competentes.

Perspectivas

De acordo com o vereador Professor Wendell (PSB), vice-líder do governo, as ações implementadas pela Prefeitura permitirão que até a Copa do Mundo de 2014 a Lagoa da Pampulha esteja limpa e liberada para a prática de esportes náuticos.

Já os vereadores Autair Gomes (PSC) e Elvis Côrtes (SDD) estão preocupados com o ritmo dos serviços. De acordo com Gomes, que requereu a visita técnica, “na velocidade atual, os prazos previstos não serão cumpridos”.

Também para Jorge Santos (PRB) “o processo de desassoreamento está muito lento”. Segundo ele, mais máquinas deveriam estar em atividade para acelerar as intervenções e permitir o cumprimento do cronograma.

Já o vereador Silvinho Rezende (PT) acredita que a principal preocupação hoje deve ser a manutenção da Lagoa após o fim das obras. Ele defende que haja previsão orçamentária para a conservação do reservatório e sugere que a Prefeitura busque recursos junto ao governo federal para esse fim.

O vereador Vilmo Gomes (PTdoB) afirma que “apesar de o trabalho desenvolvido ser lento", tem esperança, "assim como a sociedade belo-horizontina de que, na Copa do Mundo, o cenário da Lagoa da Pampulha seja outro”. “O que a gente sonha é que não seja gasto dinheiro em vão”, finaliza.

Superintendência de Comunicação Institucional