VISITA TÉCNICA

Vereadores visitam Centro de Saúde do Bairro Ermelinda

Objetivo é atuar junto ao Executivo para sanar deficiências no atendimento

quarta-feira, 23 Maio, 2012 - 00:00

Com o objetivo de apurar denúncias de precariedade no atendimento prestado pelo Centro de Saúde do Bairro Ermelinda, na região Noroeste, os vereadores da Comissão de Saúde e Saneamento visitaram o local nesta quarta-feira (23/5). As reclamações apresentadas por usuários da unidade em reunião ordinária da Comissão, no dia 25 de abril, foram reforçadas durante a presença dos parlamentares no local. Os membros da Comissão vão atuar junto à Secretaria Municipal de Saúde para que as solicitações sejam atendidas.

Durante a visita técnica, usuários e representantes do Comissão Local de Saúde reclamaram da falta de segurança e de equipamentos, da carência de médicos nas equipes de Saúde da Família, das constantes falhas no sistema informatizado, que atrasam o atendimento, e da falta de medicamentos. Adona de casa Márcia Maria Sena Fernandes, que depende do Centro de Saúde, contou que muitas vezes a demora no atendimento chega a três horas. “É por isso que os mais exaltados discutem, ficam chateados, revoltados”, disse ela.

A presidente da Comissão Local de Saúde, Rosimeire Pinto, explicou que o imóvel em que funciona o Centro de Saúde é novo e atende bem à demanda. Contudo, ela aponta que os equipamentos ultrapassados associados à falta de médicos comprometem o atendimento. “Foi necesária muita luta em reuniões do Orçamento Participativo para que a região recebesse o novo Centro de Saúde, mas ele veio com equipamentos antigos e, muitas vezes, os médicos da família não conseguem visitar os pacientes porque faltam veículos para levá-los até as casas dos usuários”, esclareceu Rosimeire.

A ginecologista Ceci Maria do Carmo, que atua há 13 anos no Centro de Saúde, reclamou da falta de insumos essenciais para o atendimento: “A escovinha ginecológica, necessária à coleta de material para prevenção ao câncer do útero, está em falta; também não temos DIU, um importante método anticoncepcional. Tudo isso dificulta muito nosso trabalho”.

A gerente do Centro de Saúde, Xênia Reis, concordou que o atendimento está aquém da capacidade da nova unidade de saúde. Ela explicou que o Centro conta com um ginecologista, um clínico geral e um pediatra, em regime de 20 horas de trabalho por semana. Além disso, há dois médicos para acompanhar as cinco equipes do Programa Saúde da Família, que trabalham 40 horas semanais. “O ideal seria cinco médicos atuando nas equipes de Saúde da Família, e a boa notícia é que o secretário municipal de Saúde informou que, até o dia 1º de julho, novos médicos efetivos entrarão em atividade”, contou.

Xênia disse ainda que o sistema de informática que atende o Centro é muito lento, o que prejudica o atendimento e a marcação de consultas. “A nossa internet tem hoje a velocidade de uma rede discada. Precisamos de um sistema mais rápido”, reclamou. 

Busca de soluções

O vereador Marcio Almeida (PRP) lembrou que o sistema público de saúde em BH atende não apenas aos moradores da capital, mas também àqueles provenientes da Região Metropolitana. Além disso, ele aponta que muitos usuários de planos de saúde têm buscado atendimento no SUS, dado que os planos privados têm prestado um serviço inadequado, com número insuficiente de médicos e atrasos na marcação de consultas.

Com relação à falta de segurança, o vereador Toninho Pinheiro da Vila Pinho (PTdoB) garantiu que vai sugerir ao Executivo que prolongue a permanência da Guarda Municipal até as 19h, uma vez que com a saída dos agentes às 17h "o patrimônio, os usuários e os servidores ficam desprotegidos”.

O presidente da Comissão de Saúde, vereador Edinho Ribeiro (PTdoB), garantiu que a Comissão vai encaminhar um documento ao secretário municipal de Saúde contendo as demandas dos usuários e pedindo que sejam sanadas as deficiências. “Precisamos saber do secretário quais medidas ele irá adotar para solucionar todos os problemas relativos à falta de profissionais de saúde, equipamentos ultrapassados e carência de medicamentos”, explicou o parlamentar.

Superintendência de Comunicação Institucional