Obras do novo centro de saúde no São Lucas serão iniciadas em 90 dias

A Comissão de Saúde e Saneamento, por requerimento do vereador Sergio Fernandes Pinho Tavares (PV), realizou nesta quarta-feira (11/4) audiência pública para discutir a atual situação do projeto para construção de um novo centro de saúde no Bairro São Lucas. Durante a reunião, o representante da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), Claudio Marcos Neto, anunciou que o edital de licitação para a execução da nova unidade de saúde será publicado ainda neste mês e que a previsão para o início efetivo das obras é de cerca de 90 dias.

Usuários da unidade de saúde encheram o Plenário Helvécio Arantes em busca de uma solução para as instalações inadequadas do posto. Os moradores reclamaram que um dos terrenos desapropriado pela Prefeitura para o início das obras está infestado de ratos e escorpiões, além de abrigar usuários de drogas. 

O vereador Paulinho Motorista (PSL) fez coro às reclamações dos moradores, afirmando que “a população sofre com a atual situação do terreno, que apesar de já ter sido desapropriado, continua a esmo, servindo para descarte de lixo e trazendo inúmeros problemas para a população”.

A melhoria no atendimento à saúde na região é esperada pelos moradores há 12 anos. Já no Orçamento Participativo (OP) do biênio 1999/2000 foi aprovada a reforma do prédio onde hoje funciona o atual centro de saúde, mas as obras nunca saíram do papel. Marcio Almeida (PRP) salientou que a Comissão de Saúde já visitou as atuais instalações do centro de saúde, na Rua Paulino Marques Gontijo, e verificou que “elas não atendem às necessidades da população”.

Para Toninho Pinheiro da Vila Pinho (PT do B), a audiência pública é a maneira adequada para que “o povo junto com o poder público garantam os caminhos para solucionar os problemas de Belo Horizonte”. O autor do requerimento, vereador Sergio Fernandes Pinho Tavares, elogiou a mobilização popular e afirmou que “a Câmara estará acompanhando os compromissos firmados pela Prefeitura durante a audiência e se manterá à disposição da população para realizar cobranças caso os prazos apresentados não sejam cumpridos”.

Explicações e compromissos da PBH

Em relação à reforma aprovada no OP, a gerente de Atenção à Saúde da Regional Centro-Sul, Cristina Coelho, explicou que as obras não foram feitas porque o proprietário do imóvel "não teve interesse", o que teria levado à necessidade da construção de um novo posto. Sobre o abandono do terreno, Cristina garantiu que serão enviados agentes de controle de endemias para livrar o local de possíveis focos de dengue e de quaisquer agentes transmissores de doenças; além disso, a SLU será chamada limpar a área.

Segundo a gerente, aproximadamente 22 mil pessoas moram na área de abrangência do centro de saúde; sendo que, deste total, cerca de 10 mil são atendidas pelas quatro equipas de Saúde da Família que atuam na região, mesmo com as deficiências do atual imóvel. De acordo com Cristina, é esperado um aumento do número de usuários do posto, em decorrência do reassentamento de moradores de áreas de risco em prédios próximos ao local.

Conforme explicou o chefe de Projetos Civis da Sudecap, a empresa vencedora do processo licitatório realizado em 2011 pela Prefeitura para a construção do posto decretou falência, enquanto as demais concorrentes não se interessaram pelo projeto. Dessa forma, a PBH foi obrigada a lançar novo edital de licitação, atrasando o início das obras. O representante da Sudecap garantiu que, além do início das obras em cerca de 90 dias, o terreno será cercado rapidamente para evitar o acúmulo de lixo e o uso inadequado do local.

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