Vereadores propõem soluções para o Shopping Caetés

Durante audiência pública da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário nesta terça-feira (20/3), vereadores propuseram à Prefeitura Municipal soluções para revitalizar o comércio do Shopping Caetés, incluindo a regularização das transferências de boxes para terceiros. Entre os encaminhamentos apresentados, os parlamentares vão enviar uma solicitação à PBH para suspender a cobrança dos aluguéis no local, até que seja apresentado um novo modelo de ocupação para o comércio popular. A reunião foi requerida pelo vereador Wagner Messias “Preto” (DEM).

Segundo o Gerente Regional de Centros de Comércio Popular da Prefeitura Municipal, Ramalho Almeida Junior, o Shopping Caetés conta com 100 boxes, sendo 81 ocupados e 19 fechados. Dos espaços em funcionamento, 31 estão ocupados irregularmente por meio de sublocação ou venda, proibidas pela legislação.

Almeida explicou que uma comissão da PBH está sendo montada para regularizar a situação. “Nossa intenção não é retirar essas pessoas que já estão lá e ajudam no movimento do shopping” afirmou. Segundo ele, um cadastro de reserva montado pela Prefeitura será utilizado para auxiliar no remanejamento dos boxistas.

“Se cassarem os boxes das pessoas que estão sublocando, será o fim do shopping. São eles que trazem mais clientes para o local”, ressaltou o permissionário Marcos Antônio da Silva, ao criticar o esvaziamento pelo qual passa o espaço.

Segundo o vereador João Locadora (PT), que propôs a suspensão dos aluguéis pagos à PBH, outros shoppings populares que tiveram êxito, como o Tupinambás e o Xavantes, foram mais flexíveis com transferências de boxes para terceiros.

Aluguéis

Uma das principais críticas dos permissionários é quanto ao valor dos aluguéis, atualmente em R$ 224,60 por mês. “Cobrar por aluguel quase a metade do salário mínimo é uma absurdo”, criticou o vereador Wagner Messias “Preto” (DEM), que sugeriu a aplicação dos recursos em publicidade e melhorias do próprio shopping. Atualmente, a verba dos aluguéis é direcionada ao caixa único da Prefeitura.

Novo modelo

Para o vereador João Locadora, o modelo adotado para os shoppings populares está equivocado, pois não privilegia a questão social proposta na época da retirada dos camelôs das ruas para os novos espaços. “No lugar de shoppings, defendemos a implantação de centros públicos de comércio popular, com a cobrança de condomínios e em vez de aluguéis”, explicou.

O parlamentar propôs ainda a criação de um grupo de estudo para tratar do tema, ao lembrar que os contratos de permissão vencem em 2014. “Será que vamos chegar em 31 dezembro de 2014 sem um modelo novo? Onde vamos colocar esse pessoal todo após esse período?”, questionou.

João Locadora também sugeriu a instalação de novos serviços abertos à população para atrair clientes no Caetés, como agência bancária e um posto do BH Resolve.

Prepostos

No encaminhamento que será enviado à Prefeitura, o vereador Preto informou que vai solicitar também uma avaliação para permitir a colocação de prepostos nos boxes, a exemplo do que já ocorre nas bancas de jornais e na feira de artesanato da Afonso Pena. “O Sebrae sempre nos convida para participarmos de cursos, mas como participar se não podemos nem sair e colocar uma pessoa nos substituindo no boxe?”, indagou o permissionário Marcos Antônio da Silva.

Permissionários presentes à audiência também reclamaram da falta de conservação do local, que apresentaria alagamentos em épocas de chuvas, além da dificuldade de acesso a pessoas com deficiência. Segundo o gerente Ramalho Almeida Junior da PBH, um orçamento já foi levantado pela Prefeitura a fim de reformar o espaço, mas ainda não há previsão para início das intervenções.

Superintendência de Comunicação Institucional