TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

BH poderá ser polo internacional de tecnologia em dez anos

Entre as ações propostas no programa BH 2022, inspirado pelas discussões realizadas na Comissão Especial de fortalecimento do setor de Tecnologia da Informação (TI) da Câmara Municipal, estão a capacitação de jovens de escolas públicas da Região Metropolitana para suprir a falta de mão de obra qualificada, a adequação da legislação municipal, a geração de negócios e a implantação de um polo empresarial na cidade.

sexta-feira, 18 Novembro, 2011 - 00:00

A Comissão Especial para o fortalecimento do setor de Tecnologia de Informação (TI) em Belo Horizonte reuniu-se com as entidades representativas nesta sexta-feira (18/11) na CMBH para conhecer o programa BH 2022, que prevê uma série de ações para tornar a cidade capital nacional e referência internacional do setor em um prazo de dez anos. Para a próxima reunião, será convidado o secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Na reunião, as entidades que representam o setor apresentaram o projeto BH 2022 aos vereadores Heleno (PHS) e Tarcísio Caixeta (PT), presidente da Comissão, e deliberaram os próximos passos no desenvolvimento das ações para tornar a capital mineira o principal polo de TI do país. Os participantes ressaltaram a necessidade de um trabalho conjunto entre poder público e empresas para atingir as metas de quintuplicar o faturamento, o número de empregos e a percentagem do setor no PIB da Região Metropolitana.

O vice-presidente da Sociedade Mineira de Software (FUMSOFT), Leonardo Fares, apresentou os quatro eixos do programa: capacitação gerencial e formação de mão de obra, geração de negócios, adequação do ambiente regulatório e criação de um polo empresarial de TI em Belo Horizonte. Para atingir os objetivos, serão buscadas alianças e parcerias com órgãos públicos e privados, universidades e entidades de fomento.

Fares fez questão de registrar a importância das discussões realizadas nas reuniões da Comissão, que fundamentaram a elaboração do projeto, e relacionou instituições públicas e privadas que apoiam a iniciativa, como os governos municipal e estadual, ministérios de Ciência e Tecnologia e Indústria e Comércio, CDL, Fiemg e Fundação Dom Cabral.

Capacitação de mão de obra

O diretor da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (ASSESPRO), Antônio Lúcio Martins, expôs o currículo básico e a estrutura necessária para a oferta de cursos técnicos que preveem a capacitação, já no próximo ano, de pelo menos 400 jovens de escolas públicas da Região Metropolitana.

Em resposta ao ofício encaminhado pela Comissão, o superintendente de Formação e Qualificação Profissional da Secretaria de Estado de Trabalho e Emprego enviou correspondência solicitando mais informações e uma estimativa de custos.  De acordo com Martins, o plano de ação será detalhado pelas entidades e enviado ao órgão até o dia 5 de dezembro. Caixeta sugeriu que um técnico da Secretaria seja convidado a participar do processo, ajudando a definir os aspectos operacionais da proposta.

O representante do Sindicato das Empresas de Processamento de Dados, Informática, Software e Serviços em Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (SINDINFOR) sugeriu que o tema seja discutido e encaminhado no âmbito da Comissão.

Legislação e parque virtual

Segundo Leonardo Fares, o levantamento das legislações de municípios dentro e fora do país que alcançaram maior progresso e fortalecimento do setor, encaminhado em uma das reuniões da Comissão, irá embasar a promoção de ajustes regulatórios que incentivem a expansão da atividade. Para ele, “nenhuma instituição é mais legítima e preparada para tratar desse aspecto do que a Câmara Municipal”. Caixeta atribuiu a Heleno a coordenação do processo e disse que vai solicitar ao presidente Léo Burguês de Castro (PSDB) a designação de um técnico da Casa para auxiliar nos trabalhos.

Para geração de negócios, o BH 2022 prevê incentivos à criação, consolidação e associação de empresas, internacionalização do mercado e fortalecimento do Centro de Inovação Empresarial, já em funcionamento. Já a implantação do polo empresarial em BH deverá agregar o conceito de “nuvem”, pelo qual empresas podem se conectar virtualmente e não precisam estar fisicamente próximas para integrar e obter os benefícios de um parque tecnológico. O vereador Heleno ressaltou que o modelo evita desapropriações e desmatamentos decorrentes da construção de grandes estruturas na cidade.

Também participou da reunião a gerente da Sociedade de Usuários de Informática e Telecomunicações de Minas Gerais (SUCESU), Tatiane de Oliveira Couto. Acolhendo sugestão de Caixeta, decidiu-se convidar para o próximo encontro da Comissão o secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia,Virgílio Fernandes Almeida. Adata será definida de acordo com sua agenda.

Superintendência de Comunicação Institucional