Vereador Henrique Braga e secretário de municipal de Saúde participam de homenagem do Conselho de Saúde do BarreiroO vereador Henrique Braga (PSDB), 1º vice-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, saudou as conselheiras Ester Barbosa da Silva e

“O ano de 2007 deverá trazer grandes alterações em nosso cenário político e o PPS tem que estar preparado para elas”. Essas palavras, da vereadora Sílvia Helena, traduzem o sentimento e a disposição do PPS – Partido Popular Socialista, na discussão e encaminhamento das propostas para a reforma política, que deverá presidir as preocupações do Congresso Nacional neste ano.

A parlamentar, líder da bancada do PPS na Câmara Municipal de Belo Horizonte, é cética quanto à disposição dos grandes partidos, em especial o PSDB e o PT, em promover transformações que possam ameaçar sua hegemonia no quadro político. Afinal, ambos acabam de celebrar acordos para a composição de suas bases de sustentação no âmbito federal e dos Estados por eles governados.

A cláusula de barreira, em boa hora “barrada” pelo Supremo Tribunal Federal, seria mais um casuísmo político, apesar de aprovada há mais de 10 anos. Não faria sentido adotá-la às vésperas da discussão de uma reforma mais ampla, o que se espera para 2007.

Na prática, ela cerceia a manifestação das minorias e dos partidos de conteúdo ideológico. E sem esquecer que as mazelas de nosso sistema representativo são, via de regra, de responsabilidade dos grandes condomínios partidários, exatamente os maiores interessados na adoção da cláusula de barreira. Para a vereadora, a reforma política deve valorizar o papel dos partidos políticos e sua transparência perante o conjunto da sociedade.

Como estruturas dotadas de independência e autonomia cabe aos partidos, a partir dos seus estatutos, definir os critérios de fidelidade partidária, tempo de filiação, domicílio eleitoral e coligações, afastando o intervencionismo do Estado nessas questões, a maioria delas herdadas do período da ditadura militar.

No plano parlamentar, a vereadora é ferrenha defensora do voto aberto, em todos os níveis, como forma de eliminar o corporativismo e a suspeição que caracterizaram as votações do Congresso Nacional no último ano.

Independentemente dos encaminhamentos da reforma política, o PPS municipal e seus três vereadores continuam compondo a base de sustentação do prefeito Fernando Pimentel, sem perder de vista os objetivos partidários para as eleições municipais de 2008, quando pretende ampliar sua bancada de vereadores e consolidar sua presença no cenário político da Capital.

O PPS possui diretórios nas nove regionais da Capital, participa ativamente de movimentos sociais e comunitários e conseguiu eleger quatro vereadores nas últimas eleições. A vereadora, inclusive, não descarta a possibilidade de uma candidatura própria do partido à Prefeitura de Belo Horizonte.