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Apesar de comprar lotes e pagar IPTU, moradores não conseguem regularizar imóveis

Assunto: 
BAIRRO TUPI
Imagem da vereadora Loide Gonçalves (MDB) presidindo a audiência pública. ao lado duas moradoras do bairro Tupi também participam da audiência
Foto: Tatiana Francisca /CMBH

A Rua Ari Barroso, no Bairro Tupi, está localizada em uma Área de Proteção Permanente (APP). Parte da via é regularizada e parte ainda se encontra como terreno indiviso, apesar de os proprietários terem adquirido os terrenos na mesa imobiliária há mais de 40 anos. Para entender a situação e verificar de que forma os moradores podem ter seus imóveis regularizados, a Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana realizou nesta segunda-feira (13/5), a pedido de Loide Gonçalves (MDB), uma reunião com a participação de moradores e de representantes da PBH. O diretor de Planejamento da Secretaria Municipal de Política Urbana sugeriu que a parlamentar faça um pedido de informação destinado a diversos órgãos municipais. Loide Gonçalves afirmou que fará uma nova reunião para que a questão seja melhor esclarecida. 

Moradores da Rua Ari Barroso, presentes na audiência, questionaram as razões pelas quais apenas parte da rua é regularizada, se a venda foi efetuada pelo mesmo agente comercial. Segundo eles, a parte de baixo, além de não ter os terrenos regularizados, sofre com a falta de saneamento básico. “Até mesmo o acesso ao centro de saúde do bairro é negado. Temos que nos deslocar até a unidade do Bairro Conjunto Felicidade, enquanto quem mora na parte de cima é atendimento na unidade do próprio bairro”, afirmaram. Ao assegurar que não se trata de uma invasão e que os lotes foram adquiridos mediante compra, eles também afirmaram que pagam IPTU e que a falta de documentação impede de ter a escritura, contas de água e luz em nome do proprietário e de fazer inventários em casos de necessidade, entre outros prejuízos. 

Apesar de ter sido convidada para participar do debate, a Secretaria Municipal da Fazenda (SMFA) não mandou representante. Segundo o diretor de Planejamento da Secretaria Municipal de Política Urbana, Thiago Esteves da Costa, a SMFA é responsável pela gestão de imóveis públicos municipais e cabe a ela informar se o terreno em questão é ou não municipal. Ele explicou que lhe “parece que o caso não seja de desafetação, mas sim, de alienação, uma vez que o terreno já é ocupado”. Ele acredita que pode haver algum tipo de transferência onerosa ou não. 

Thiago Esteves sugeriu que a vereadora encaminhe um pedido de informação questionando se o terreno é público ou privado; se há projeto para ele; se há a possibilidade de fazer uma transferência onerosa ou não; e quais os instrumentos possíveis para esses atuais ocupantes resolverem a questão. Segundo o diretor, os questionamentos devem ser direcionados à SMFA; à Urbel e à Sudecap. Ele também sugeriu que a Subsecretaria de Planejamento Urbano seja questionada sobre qual tipo de destinação pode ser dada ao terreno. 

Loide Gonçalves afirmou que vai fazer o pedido de informação e marcar outra data para que os representantes da PBH tragam respostas para a comunidade. “Já temos um pedido de audiência pública marcada para tratar com a Copasa. Vou incluir na lista de convidados os representantes da PBH para que eles possam responder aos questionamentos da população”, disse. 

Superintendência de Comunicação  Institucional

 Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana

Data publicação: 
segunda-feira, 13 Maio, 2024 - 16:30
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Comissão de Meio Ambiente, Defesa dos Animais e Política Urbana
Loíde Gonçalves