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Vereadores defendem permanência do Klauss Vianna em imóvel atual

Assunto: 
TEATRO AMEAÇADO
Audiência da COmissão de Educação - Foto: Mila Milowski
Audiência da COmissão de Educação - Foto: Mila Milowski

Alternativas que possibilitem a permanência do teatro Oi Futuro Klauss Vianna na Avenida Afonso Pena, 4001, foram debatidas nesta quarta-feira (27/5) durante audiência pública da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Representantes de artistas, produtores culturais, da Assembleia Legislativa,da Secretaria Estadual de Cultura e de moradores do Bairro Cruzeiro se manifestaram a favor da manutenção do espaço cultural, que corre o risco de ter suas atividades encerradas em decorrência do Decreto 715/12, do ex-governador Antonio Anastasia (PSDB), que desapropriou o edifício que abriga o teatro. O objetivo do decreto é que o prédio seja ocupado pelo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG). No dia 3 de junho uma comissão especial, com participação da Câmara Municipal, irá reunir-se na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) para negociar a permanência do teatro na Avenida Afonso Pena.

Para o vereador Arnaldo Godoy (PT), que participou de manifestação contra o fim do espaço cultural, ocorrida no último dia 17, em frente ao Teatro Klauss Vianna, a comissão especial constituída na ALMG pode contribuir para a reversão do processo de encerramento do teatro. O parlamentar sugeriu o nome do vereador Tarcisio Caixeta, requerente da audiência juntamente com Godoy, para ser o representante da CMBH na comissão, que deverá contar também com a presença de representantes do TJMG, da Oi Futuro, do Movimento Viva klauss, do Sindicato dos Artistas e do Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas. Cabe agora ao presidente Wellington Magalhães (PTN) indicar oficialmente o vereador que irá representar a CMBH na comissão.

Ausência do TJMG

Os participantes da audiência lamentaram a ausência do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que não enviou representante à audiência. O TJMG mantém em seu sítio eletrônico a informação de que a programação cultural do teatro Klauss Vianna será encerrada no dia 30 de junho. Ainda de acordo com os planos do Tribunal, o teatro terá seu leiaute modificado e será transformado em um auditório adaptado para abrigar as sessões do Órgão Especial e do Tribunal Pleno, além de seminários, cursos e outras atividades do Poder Judiciário.

Competência judicial

A ação de desapropriação do imóvel situado na Avenida Afonso Pena, 4001, que abriga o Teatro Klauss Vianna, tramitou na 3ª Vara da Fazenda Pública Estadual de Minas Gerais. No entanto, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por discordar da desapropriação, ajuizou uma ação cautelar perante a 3ª Vara Federal do Estado de Minas Gerais, objetivando suspender a posse do imóvel pelo TJMG. Diante do conflito de competência ajuizado pela Anatel, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a questão deva tramitar exclusivamente perante o Juízo Federal. Com isso, os autos da ação de desapropriação foram remetidos definitivamente para a Justiça Federal.

Diante desses fatos, o advogado Guilherme Boechat, que representa os interesses do Movimento Viva Klauss, defensor da manutenção do teatro, entende que os atos da Justiça Estadual perderam efeito e o TJMG pode, até mesmo, ser impedido de ocupar o prédio diante de uma possível reversibilidade da desapropriação.

De acordo com Tarcisio Caixeta, se o processo foi remetido para a Justiça Federal, a entrega do espaço ocupado pelo Oi Futuro para o TJMG até o fim de junho, conforme determinação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, “não faz sentido”. Ele e Arnaldo Godoy fizeram um apelo para que o Oi Futuro não abra mão do Klauss Vianna.

Diante da decisão do STJ sobre a ação de desapropriação, o vice-presidente do Oi Futuro, Roberto Terzian, afirmou que irá levar a situação ao departamento jurídico do instituto. No entanto, ele ressalta que, por ora, está mantida a saída do espaço no prazo acertado com o TJMG. Ainda segundo Terzian, caso haja uma solução negociada entre as partes envolvidas, há interesse do Oi Futuro em manter suas atividades na Avenida Afonso Pena, 4001.

Superintendência de Comunicação Institucional

Data publicação: 
quarta-feira, 27 Maio, 2015 - 00:00