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Sugestões populares podem ser incorporadas ao orçamento municipal

Assunto: 
ORÇAMENTO 2013
Audiência Pública discutiu previsão orçamentária da PBH para políticas urbanas em 2013
Audiência Pública discutiu previsão orçamentária da PBH para políticas urbanas em 2013

Na segunda audiência pública sobre a previsão orçamentária do Executivo para 2013, realizada nesta terça-feira (23/10) na Câmara Municipal de Belo Horizonte, secretários municipais e gestores públicos apresentaram proposta de aplicação de recursos em políticas urbanas na capital. Representantes da sociedade civil e vereadores discutiram a previsão e, entre as áreas de maior debate, destacaram-se habitação e transporte público. Até o encerramento da audiência, haviam sido apresentadas 12 sugestões populares de alteração do orçamento, incluindo as propostas apresentadas na audiência do dia anterior (22/10), que tratava de investimentos em políticas sociais como educação, saúde, assistência social, juventude e esportes.

As sugestões serão analisadas pela Comissão de Orçamento e Finanças da CMBH e podem se tornar emendas ao projeto de lei do orçamento. A população ainda pode enviar propostas de emendas por meio de formulário disponível no site da CMBH, que pode ser impresso e entregue no diretamente a qualquer vereador até o dia 5 de novembro.

Entenda o que é a Lei Orçamentária Anual e os instrumentos de participação popular

Previsão orçamentária e questionamentos

Proposto pelo Executivo, a ser discutido e aprovado pela Câmara Municipal, o Projeto de Lei do Orçamento Anual para 2013 está estimado em quase R$10 bilhões (R$ 9.999.419.645,00). Desse total, para aplicação em políticas urbanas, estão previstos cerca de R$ 4,9 bilhões, absorvendo áreas como orçamento participativo, infraestrutura, segurança, habitação, mobilidade urbana, vilas e favelas, sustentabilidade e integração metropolitana.

De acordo com o Secretário Municipal de Planejamento, Gleison Pereira de Souza, os recursos previstos para 2013 apresentam um crescimento de 12% em relação aos de 2012. O secretário destacou o aumento de recursos originários de operações de créditos que devem totalizar R$ 1,4 bilhão e serão destinados prioritariamente a obras de mobilidade urbana, como o programa Corta Caminho, a conclusão das avenidas Antônio Carlos e Pedro I, a implantação do BRT e a gestão do transporte urbano. Ainda, o secretário destacou a aplicação de cerca de R$ 275 milhões em obras do Programa Vila Viva. Para a Copa do Mundo de 2014, o Executivo prevê o investimento de R$ 357 milhões no próximo ano, sendo R$ 342 milhões em operações de mobilidade, R$ 9 milhões em turismo e hotelaria e cerca de R$ 4 milhões em comunicação e marketing.

Preocupados com o grande déficit habitacional de Belo Horizonte e com a remoção de inúmeras famílias em função das obras de infraestrutura, os vereadores questionaram a previsão de investimentos na construção de moradias populares e a política habitacional implantada pela PBH. A partir dos dados apresentados pelo Executivo, indicando 9.975 unidades habitacionais a serem concluídas até 2013, Adriano Ventura (PT) explicou que a informação cria a expectativa de mais de nove mil famílias assentadas, o que não seria verdade. “Boa parte dessas casas do Programa Minha Casa, Minha Vida atendem a famílias com renda de quatro a seis salários mínimos, mantendo um hiato imenso de zero a três (salários)”, concluiu o vereador.

Na mesma perspectiva, João Bosco Rodrigues (PT) destacou o fato de ainda não haver nenhuma unidade habitacional construída para famílias com renda de até três salários em Belo Horizonte, questionando a meta da Prefeitura para o próximo ano. Ainda, o vereador apontou para a "morosidade" nas obras da Avenida Pedro I e no processo de desapropriação das famílias.

Sugestões populares

Entre as propostas apresentadas pela sociedade durante a reunião, destacam-se temas como aplicação do IPTU Progressivo, maior participação dos moradores no projeto de revitalização do Anel Rodoviário e reserva de recursos para o Fundo Municipal de Habitação, para regularização fundiária e para políticas habitacionais em vilas e favelas. Também foi questionada a falta de previsão orçamentária para infraestrutura complementar às ciclovias como bicicletários e vestiários, além de maior integração entre os transportes coletivos urbanos e metropolitanos. Estudantes e professores apontaram para a necessidade de recursos para subsidiar o passe-livre e o aumento anual das tarifas dos ônibus de forma a reduzir o custo para o usuário.

Além de representantes das secretarias municipais de Orçamento, Planejamento, Políticas Urbanas e Meio Ambiente, estiveram presentes na audiência desta terça-feira gestores da BHTrans, Urbel e Sudecap. Participaram da reunião os vereadores Adriano Ventura (PT), João Bosco Rodrigues (PT), Divino Pereira (PMN), Paulinho Motorista (PSL), Heleno Abreu (PHS), Ronaldo Gontijo (PPS), Sílvia Helena (PPS) e Carlúcio Gonçalves (PR).

Superintendência de Comunicação Institucional

Data publicação: 
terça-feira, 23 Outubro, 2012 - 00:00