Comissão solicita urgência na solução do problema

Vereadores da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário da Câmara Municipal aprovaram neste dia 28/12 o envio de ofícios solicitando ao prefeito da capital, Márcio Lacerda, e ao governador do estado, Antonio Anastasia, a reparação do muro afetado pela abertura de uma cratera na rua Américo Macedo, esquina com Almirante Alexandrino, no bairro Gutierrez, região Oeste da cidade. “Tanto a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) como a Prefeitura estão se eximindo de suas responsabilidades. Qualquer incidente maior naquela área será de responsabilidade do senhor prefeito e do governador”, ressaltou o presidente da Comissão, vereador Wagner Messias – Preto (DEM).
O requerimento foi aprovado pelos vereadores Preto, Fábio Caldeira (PSB) e Silvinho Rezende (PT) em reunião extraordinária convocada especificamente para tratar do assunto.
A cratera surgiu durante o temporal do dia 15 de dezembro, prejudicando sobretudo os moradores do Edifício Tetela, de 42 apartamentos, que ainda foram surpreendidos com a inundação de parte do prédio. A principal preocupação é quanto ao risco de desabamento do muro que cerca o prédio, junto ao qual o buraco foi aberto. “Se o muro vier a cair, poderá comprometer a estrutura do prédio e causar vítimas”, destacou Preto.
Segundo Preto, a CMBH enviará uma cópia do ofício para o síndico do prédio para complementar os processos que os moradores movem na Justiça contra os dois órgãos públicos.
Os parlamentares da comissão voltaram a criticar a indefinição entre a PBH e a Copasa quanto à responsabilidade para executar as obras de reparo. “A responsabilidade é solidária. Sendo assim, a solução também tem que ser solidária entre os dois órgãos”, ponderou o vereador Fábio Caldeira ao lembrar que os moradores exigem uma solução rápida. “Não interessa à população saber de quem é a culpa”, ressaltou Caldeira. Silvinho Rezende lamentou que o problema precisasse chegar à CMBH, antes de ser resolvido pela Copasa e PBH.
O gerente da Copasa, Élcio Francisco de Siqueira, explicou durante a audiência pública realizada no dia 27/12 na CMBH que o surgimento do buraco é conseqüência de um desencaixe, e não propriamente um rompimento, de um cano da rede de água. A causa principal seriam as fortes chuvas, que, de acordo com ele, teriam umedecido o terreno aumentando a pressão do muro sobre o cano. A cratera formada possui cerca de 30 metros de comprimento por 4 metros de profundidade.
Por enquanto, as obras emergenciais, como a retirada de terra e escoramento do muro, têm sido custeadas pelos próprios condôminos, conforme informou ontem o síndico do prédio, Pedro Henrique Assunção.
Superintendência de Comunicação Institucional