Um sonho de 30 anos vai se tornar realidade, até 2010, para 2.400 famílias da Vila São José, na região Noroeste de Belo Horizonte, com a construção de 88 blocos com 1.408 apartamentos para esses moradores que vivem em área de risco social. Os recursos de R$ 172,4 milhões são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, e abrangem também a total urbanização da região, dentro do Programa Vila Viva.

Em sua visita a Belo Horizonte, na quinta-feira, 17 de abril, o presidente Lula fez questão de assentar tijolos de um bloco de apartamentos. São 520 unidades de três quartos e 888 de dois quartos. Executado pela Prefeitura de Belo Horizonte, o Vila Viva é considerado o maior programa de urbanização de vilas e favelas do país.

Outras famílias da vila (208) já vivem em moradias construídas pela Prefeitura, no bairro Manacás, em 2003, na primeira etapa do projeto. E 992 famílias serão removidas pela Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel), dentro do Programa de Reassentamento por Obras Públicas em Vilas e Favelas (Proas).

Esse assentamento começou a ser elaborado em 2000, quando a vereadora Neusinha Santos (PT) foi secretária regional Noroeste. Atualmente, em seu quarto mandato, a parlamentar é líder do prefeito Fernando Pimentel (PT) na Câmara Municipal de Belo Horizonte e conselheira do Ministério das Cidades. Ela foi a autora do projeto de lei, em 1994, que criou o Conselho Municipal de Habitação.

Esse conselho está sendo fundamental para montar a estrutura habitacional da capital mineira, com destaque para o reassentamento das famílias da Vila São José.

As obras incluem também a urbanização da área, principalmente o total saneamento do córrego do Pastinho, que atravessa a vila, constante foco de doenças, insetos e roedores para os moradores; e o prolongamento da avenida Pedro II até a avenida Tancredo Neves, numa extensão de 1,8 km. Ocupada há 30 anos por famílias carentes, a Vila São José tem sido uma barreira para a ampliação da Pedro II e para a integração das regiões Noroeste, Norte e Pampulha.

As obras não param por aí: elas contemplam também implantação da avenida João XXIII, da rede de água e esgoto, da área de lazer e convivência, da rotatória em área interna destinada à implantação do BHBus e  abertura de 25 vias locais.

O prolongamento da Pedro II às avenidas Tancredo Neves, no bairro Castelo, e João XXIIII, no bairro Alípio de Melo, vai facilitar o acesso da região Noroeste para a  Pampulha, e Venda Nova, e para os municípios de Contagem e Betim, integrando ainda mais a região metropolitana.