Vereadores lamentam morte de Helena Greco, ex-vereadora de BH

Faleceu nessa quarta-feira (27/7) Helena Greco (1916-2011), grande ativista mineira dos direitos humanos e ex-vereadora da Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) em duas legislaturas. Helena foi responsável pela criação da primeira Comissão Permanente de Direitos Humanos do legislativo belo-horizontino. O sepultamento será realizado no cemitério Parque da Colina às 11h dessa quinta-feira (28/7).

“É uma perda terrível para a cidade”, comenta Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), atual presidente da Comissão de Direitos Humanos da CMBH, que diz ter militado muitos anos ao lado de “Dona Helena”.

“Helena Greco sempre lutou contra a opressão e injustiças de toda sorte. Tinha uma coragem gigante. Era uma mulher rebelde e de muito valor, como poucas no Brasil”, afirma a vereadora.

O presidente da Câmara, Léo Burguês de Castro (PSDB), também lamentou a morte de Helena Greco, a quem considerou grande ativista dos direitos humanos. “Dona Helena foi uma mulher muito importante para a cidade, tendo prestado muitos serviços aos belo-horizontinos e à Câmara Municipal”, disse.

Trajetória

Natural de Abaeté, Minas Gerais, Helena Greco foi uma estudante dedicada às línguas e à Literatura, tendo graduado-se em Farmácia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Seu engajamento na luta contra a ditadura  e a repressão dos movimentos estudantis deu-se quando ela já tinha 60 anos.

Dona Helena, como era conhecida, é uma referência na luta pelos direitos humanos, tendo sido uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores e idealizadora de várias outras entidades como a Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte, o Conselho da Mulher, o Fórum Permanente de Luta pelos Direitos Humanos de Belo Horizonte, o Movimento Tortura nunca mais entre outras.

Helena, que foi vereadora de BH na décima legislatura (1983-1988) e na décima primeira (1989-1992), já foi agraciada com vários prêmios e distinções entre eles o Prêmio Chico Mendes de Resistência (1995), Prêmio Cidadania Mundial (1999) e Prêmio Che Guevara (2002).