Situação de comunidade que resiste à invasão de suas terras será tema de audiência
Quilombolas lutam por preservação do patrimônio e da cultura

A Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor realiza nesta quinta-feira (15/09), às 9h30, no Plenário Camil Caram, audiência pública para discutir a situação da Comunidade Quilombola dos Luízes, que desde o final do século XIX habita a região do Bairro Grajaú. Os quilombolas estariam sofrendo com a especulação imobiliária e o preconceito de moradores vizinhos que querem a saída da comunidade da área.
O núcleo do quilombo está localizado em um terreno de quatro mil metros quadrados no Bairro Grajaú. Cerca de 120 pessoas vivem no local em casas simples, cercadas de prédios. Há outros cerca de 200 descendentes da mesma família espalhados em outras regiões da cidade. Pela grande valorização da região, a comunidade tem sido pressionada por construtoras e até pela vizinhança. Os Luízes lutam pela regularização fundiária das terras junto ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e pela preservação de seu patrimônio e cultura.
A audiência pública foi requerida pela vereadora Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB), presidente da comissão, depois de solicitação do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial (CONEPIR/MG). Foram convidados para o debate Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial; Ministério Público do Estado; Defensoria Pública do Estado; Federação dos Quilombolas; Incra; Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR); Polícia Militar; Administração Regional Municipal Oeste; Núcleo de Estudos em Populações Quilombolas e Tradicionais da UFMG (NUQ/UFMG); Comunidade Quilombola dos Luízes; Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial do Estado de Minas Gerais (CONEPIR); Secretaria Municipal de Políticas Sociais; Secretaria Municipal Adjunta de Direitos de Cidadania; Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA).
Superintendência de Comunicação Institucional