ANEL RODOVIÁRIO

Eixo de ligação metropolitano será revitalizado

Eixo de ligação metropolitano será revitalizadoCom recursos do governo federal já garantidos, o anel rodoviário de Belo Horizonte passará por revitalização. Para acompanhar o processo, que está em fase de licitação, e assegurar o breve início das obras, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário realizou audiência pública no dia 22 de junho de 2010.

segunda-feira, 21 Junho, 2010 - 21:00

Eixo de ligação metropolitano será revitalizadoCom recursos do governo federal já garantidos, o anel rodoviário de Belo Horizonte passará por revitalização. Para acompanhar o processo, que está em fase de licitação, e assegurar o breve início das obras, a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Transporte e Sistema Viário realizou audiência pública no dia 22 de junho de 2010.

“Recentemente, o prefeito Marcio Lacerda decretou estado de calamidade pública no Anel Rodoviário. Precisamos saber quando as obras vão começar e o que vai ser feito para solucionar os problemas da rodovia”, afirmou o vereador Pablo César ‘Pablito’ (PTC), que solicitou a realização da audiência.

O presidente da Comissão, Wagner Messias ‘Preto’ (DEM), defendeu medidas emergenciais para evitar mais acidentes no Anel até que a requalificação seja concluída; o vereador Pablito comprometeu-se a encaminhar ao DNIT um pedido para que sejam instalados mais radares da rodovia até que as obras sejam iniciadas.

O representante do Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir), Avelino de Araújo, também reforçou a necessidade de ações imediatas.

Pontos críticos

Os números divulgados pela Polícia Militar Rodoviária assustam: de janeiro a junho deste ano foram registrados 1290 acidentes no Anel, com 568 feridos e 20 mortos. O registro de vítimas fatais aumentou 42% em relação ao mesmo período de 2009.

De acordo com o major Aguinaldo Lima de Barros, sub-comandante do 1º Batalhão da Polícia Militar Rodoviária, os pontos mais críticos do Anel são os viadutos, onde as pistas são reduzidas, provocando retenções e acidentes.

Para o major, as obras que serão efetivadas são fundamentais para evitar acidentes de grandes proporções, mas as intervenções da engenharia “não resolvem todos os problemas”. Ele explica que outros esforços estão envolvidos na prevenção de acidentes: legislação, fiscalização e educação.

“O policiamento tem sido intensificado, com viaturas equipadas com radares em pontos estratégicos. Mas tem que haver um trabalho de conscientização e educação da população, para que os condutores respeitem os limites de velocidade”, destacou o sub-comandante Aguinaldo.

Para o vereador Paulo Sérgio ‘Paulinho Motorista’, o governo também deveria investir na instalação de mais radares na rodovia – atualmente existem 10 equipamentos em pontos fixos e dois radares móveis. “Infelizmente, a educação do condutor passa pelo bolso. É preciso colocar mais radares, limitando a velocidade em toda a extensão”, comentou o vereador.

Ações prioritárias

A revitalização dos 26,5 quilômetros do Anel Rodoviário, que corta 44 bairros da capital e é o principal eixo de ligação metropolitano, tem como prioridade o alargamento de todos os viadutos, garantido a existência de três faixas de trânsito em toda a extensão da rodovia.

O projeto ainda prevê a construção de trincheiras e novos viadutos para fazer ligações entre bairros, desafogando o fluxo de veículos na rodovia. A requalificação do pavimento e a conclusão de marginais e trevos também estão previstos.

Segundo o secretário municipal de Políticas Urbanas, Murilo de Campos Valadares, recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, da ordem de R$ 830 milhões, já foram disponibilizados para as obras no Anel.

“A liberação dos recursos já foi um grande avanço. O processo de licitação é burocrático e demorado mesmo, pois segue exigências definidas em lei”, comentou o secretário.

Valadares esclareceu que o projeto completo, com definição de cronograma e plano de obras, será definido somente após a contratação da empresa vencedora da licitação.

De acordo com o engenheiro do DNIT, Davidson Carvalho, as obras já tiveram licenciamento ambiental concedido provisoriamente e estão em fase de licitação. “Na fase atual está em análise a documentação encaminhada pelas empresas concorrentes”, explicou Davidson.

Desapropriação

Uma questão polêmica, apontada pelo secretário municipal de Políticas Urbanas, é a desapropriação e a remoção de famílias para a conclusão das obras. “De imediato não temos que nos preocupar, já que dois terços da obra não dependem de desapropriações ou remoções. No momento certo, vamos conversar com as famílias. Quanto aos recursos para esse processo, já estamos negociando com o governo federal”, afirmou.

Responsável pelas Informações: Superintendência de Comunicação Institucional.