MATA DO PLANALTO

Audiência pública retoma polêmica sobre Mata do Planalto

Audiência pública retoma polêmica sobre Mata do PlanaltoNesta quinta-feira, dia 2 de setembro, às 13h, nova audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, requerida pelo vereador Leonardo Mattos (PV), reunirá autoridades municipais e moradores da região do Planalto para debater a construção de um grande empreendimento imobiliário na área conhecida

terça-feira, 31 Agosto, 2010 - 21:00

Audiência pública retoma polêmica sobre Mata do PlanaltoNesta quinta-feira, dia 2 de setembro, às 13h, nova audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, requerida pelo vereador Leonardo Mattos (PV), reunirá autoridades municipais e moradores da região do Planalto para debater a construção de um grande empreendimento imobiliário na área conhecida como Mata do Maciel. O encontro será no Plenário Helvécio Arantes e poderá ser acompanhado ao vivo no site da CMBH.

“O poder econômico não pode se sobrepor aos interesses da população. Não podemos deixar que impere a lógica da ‘moto-serra’, predominando a liberação de licenças de empreendimentos que devastam o meio ambiente”, afirmou Mattos, na primeira audiência pública, realizada no dia 18 de março. A primeira audiência foi requerida por Mattos após manifestação popular ocorrida no dia 14 daquele mês, que mobilizou mais de 500 pessoas contra a construção de prédios no local.

Na ocasião, outros parlamentares se posicionaram a respeito: “Para mim as matas são sagradas e deveriam ser preservadas”, disse a vereadora Neusinha Santos (PT), para quem toda a área da mata deve ser mantida intacta. Elaine Matozinhos (PTB) destacou o papel do Legislativo Municipal na luta pela preservação da área: “Se o empreendedor estiver agindo dentro da lei, cabe a esta Casa mudar a lei para que a mata seja preservada”. Já o vereador Silvinho Rezende (PT) ponderou que o projeto deve ser analisado com cuidado, pois prevê um nível alto de preservação da área verde.

O pedido de Licença prévia do empreendimento da Rossi será apreciado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM) no dia 8 de setembro.

Nascentes

A área de cerca de 300.000m2, localizada na região Norte da capital, é considerada uma das últimas reservas naturais do município de Belo Horizonte. Leonardo Mattos, ao lado de moradores e ambientalistas, é contra o projeto da Rossi Engenharia, que prevê a construção de 16 torres residenciais de 15 andares no local, que irá gerar um fluxo adicional de quase cinco mil pessoas na região, que já foi afetada com o aumento de veículos e transito de pessoas, devido à construção da Sede Administrativa.

Além da degradação da área, que segundo estudos realizados pelo biólogo Iury Debien, conta com cerca de 20 nascentes e rica fauna e flora, moradores e ambientalistas temem o impacto no trânsito e na qualidade de vida em geral, que afetará não só os bairros adjacentes, mas toda a cidade.

Convocados

Para a audiência desta quinta-feira foram convocados o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMAM) Nívio Tadeu Lasmar Pereira; o Secretário de Administração Regional Municipal Norte Harley Leonardo de Andrade Carvalho; o Secretário Municipal de Políticas Urbanas Murilo de Campos Valadares; o vice-presidente da Associação dos Moradores da Vila Clóris, Fernando de Pinho Tavares; o vice-presidente da Associação dos Moradores do Campo Alegre, Antônio Matias de Souza; o Presidente da Associação dos Moradores do Residencial Granja Verde, Paulo Tamba e o biólogo Iury Valente Debien.

Para esclarecer aspectos jurídicos, foram convidados o Promotor de Justiça do Ministério Público Estadual de Meio Ambiente, Luciano Badine e a Promotora de Justiça de Defesa do Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo e Patrimônio Histórico e Cultural, Mônica Fiorentino.

Responsável pela Informação: Superintendência de Comunicação Institucional.