AUDIÊNCIA PÚBLICA

Animais no Arrudas, castração e guarda responsável em pauta

Militantes cobram apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar para salvar cães no Ribeirão

quarta-feira, 20 Abril, 2016 - 00:00
Militantes cobram apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar - Foto: Charles Porto

Militantes cobram apoio do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar - Foto: Charles Porto

A situação de desova de animais no Ribeirão Arrudas, bem como os pontos de castração nas nove regionais de Belo Horizonte, a guarda responsável e o apoio da Polícia Militar nos casos de maus tratos serão temas de audiência pública da Comissão de Saúde e Saneamento, na próxima terça-feira (26/4), às 19h, no Plenário Helvécio Arantes. A audiência foi solicitada por militantes da causa animal e requerida pelo vereador Léo Burguês de Castro (PSL).

A reunião foi motivada por recorrentes casos de queda de cães e outras espécies no Ribeirão Arrudas. Segundo voluntários que defendem a proteção dos animais, cães e gatos são lançados no curso d’água ou acessam o canal livremente por meio da rede de esgoto e trechos não protegidos por grades ou muretas. Muitos cães que sobrevivem à queda encaram sério risco de morte no local, onde passam fome, bebem água contaminada e ficam sujeitos a uma série de doenças. O mesmo assunto já esteve em pauta em audiência realizada em agosto de 2014, quando autoridades foram cobradas.

Com frequência, quem faz o resgate desses animais são os próprios protetores, de forma improvisada e sem o apoio do Corpo de Bombeiros. De acordo com o vereador Léo Burguês, para enfrentar o problema de forma efetiva, é necessário que o poder público assuma de frente a responsabilidade de proteção e salvamento. Respaldado por denúncias de militantes da causa, o parlamentar lembrou que são numerosos os relatos de pessoas que acionaram o Corpo de Bombeiros, mas não foram devidamente atendidas nas demandas de resgate de animais. Além das dificuldades relacionadas ao salvamento, que envolvem a falta de equipamento apropriado e trazem riscos àqueles que tentam acessar o rio, Burguês aponta os altos custos envolvidos no tratamento veterinário dos animais resgatados.

Militantes da causa

Para Charles Porto, que milita na causa há 15 anos, resgatando, com frequência, animais no Ribeirão Arrudas, cabe ao poder público a responsabilidade de proteger esses animais. Denunciando a desova, Porto ressaltou que as galerias que dão acesso ao rio são mal planejadas, favorecendo a entrada de pessoas e animais. “Rotineiramente, são jogados animais no Arrudas, que acabam morrendo afogados”, completou. Como alternativa para solucionar o problema, ele propõe a construção de escadas de alvenaria para acesso ao rio, de mil em mil metros, com um hall de entrada e um portão.

A falta de recursos do Corpo de Bombeiros foi outro ponto criticado por Porto. Segundo ele, a corporação não possui equipamentos adequados e não recebe treinamento, enquanto a Polícia Militar não dá aporte à causa animal.

Foram convidados para a audiência representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Assuntos Institucionais, Secretaria Municipal de Saúde, Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Comando Geral do Corpo de Bombeiros, Comando Geral da Polícia Militar, Comando da 1ª Região da Polícia Militar, Sociedade Mineira Protetora dos Animais e militantes da causa.

Superintendência de Comunicação Institucional