FUNCIONALISMO

Servidores da Urbel querem apoio do Legislativo em negociação com PBH

Presidente da Câmara, Wellington Magalhães, e vereador Tarcísio Caixeta receberam a categoria

quarta-feira, 25 Novembro, 2015 - 00:00
Sindicalistas e trabalhadores da Urbel foram recebidos pelo presidente da Casa, Wellington Magalhães (Imagem: Divulgação CMBH)

Sindicalistas e trabalhadores da Urbel foram recebidos pelo presidente da Casa, Wellington Magalhães (Imagem: Divulgação CMBH)

Mobilizados desde abril na luta pelo reajuste salarial, sem obter nenhum retorno até o momento, trabalhadores da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte (Urbel), que estão em greve, compareceram à Câmara Municipal na manhã dessa quarta-feira (25/11) a fim de solicitar o apoio do Legislativo nas negociações. Analistas técnicos, advogados, arquitetos e outros servidores da empresa pública reivindicam aumento salarial de 22% e outros benefícios, como o ticket-refeição. Uma reunião ainda hoje, na Secretaria Municipal de Recursos Humanos, foi agendada pelos parlamentares.

De acordo com informações do Sindibel, que representa os servidores públicos do Município, as negociações dos funcionários da Urbel com a Prefeitura de BH já vêm sendo feitas há mais de sete meses e as partes ainda não chegaram a um acordo. Em busca do apoio e da intermediação da Casa em suas reivindicações, cerca de 80 servidores da Companhia estiveram na CMBH nesta quarta-feira, onde foram recebidos pelos vereadores Tarcísio Caixeta (PT) e o presidente da Casa, Wellington Magalhães (PTN).

Segundo o diretor de Grupos Setoriais do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Assessoramento, Pesquisas, Perícias, Informações e Congêneres de Minas Gerais (Sintappi-MG), Geraldinho Corrêa, a pedido da prefeitura, a categoria, cuja data-base seria em maio de 2015, aguardou a proposta que seria apresentada em setembro. A despeito da inflação do período, que ultrapassou os 15%, o reajuste oferecido foi de 0%, provocando a perda efetiva do poder de compra dos funcionários e suas famílias. “Não podemos aceitar. Não vamos carregar o peso da crise nas costas”, assegurou o sindicalista.

Câmara vai intermediar diálogo

Após ouvir os servidores, que justificaram a necessidade do reajuste mencionando as mudanças significativas nos programas e ações habitacionais, as pressões e embaraços gerados na relação com os movimentos de luta pela moradia e a precarização das condições de trabalho na Companhia, que compromete a implementação da Política Municipal de Habitação, o presidente afirmou que a Casa Legislativa está de portas abertas para acolher a demanda e intermediar os entendimentos com a prefeitura.

“A Câmara é o espaço do diálogo”, lembrou Caixeta, revelando ter sido procurado no dia anterior pelo servidores, que o colocaram a par da mobilização. “Aos trabalhadores cabem as reivindicações e as decisões sobre os rumos do movimento; à administração, as definições sobre a questão. Nosso papel, como vereadores, é buscar o diálogo e o entendimento entre as partes”, defendeu, informando o agendamento de uma reunião com a Secretaria Municipal de Recursos Humanos nesta mesma data, às 18h.

O presidente da Casa reafirmou a independência entre os dois poderes e se dispôs a colaborar de todas as formas, dentro das limitações da instituição, para que a categoria tenha suas demandas atendidas. “Não tenho nada contra e sou amigo do prefeito Marcio Lacerda, mas o modo de operar da atual gestão é complicado, não tem diálogo”, criticou Magalhães, disponibilizando a estrutura da Câmara para a realização de audiências públicas, reuniões e outras medidas de interesse dos servidores. “Podem contar conosco para o que precisar, nós vamos ajudá-los a ‘romper essa parede’”, garantiu o parlamentar.

Superintendência de Comunicação Institucional