REUNIÃO PLENÁRIA

Violência em ato contra aumento de tarifa repercute em Plenário

Agressões de taxistas a motoristas e usuários de veículos cadastrados no aplicativo Uber também foram debatidas

quinta-feira, 13 Agosto, 2015 - 00:00
Violência em ato contra aumento de tarifa repercute em plenário. Foto: Mila Milowski

Violência em ato contra aumento de tarifa repercute em plenário. Foto: Mila Milowski

Em reunião plenária realizada nesta quinta-feira (13/8), os vereadores da Câmara de BH repercutiram os episódios de violência registrados na noite de ontem, em manifestação contrária ao aumento das passagens de ônibus, cujo preço que passou de R$ 3,10 para R$ 3,40 no último sábado (8/8). Alguns parlamentares se manifestaram criticamente à intervenção policial, enquanto outros pronunciaram palavras em defesa da manutenção da ordem. As agressões de taxistas a motoristas e usuários de veículos cadastrados no aplicativo Uber também estiveram em discussão. Desde que passou a atuar no Brasil, o aplicativo tem deixado insatisfeita a categoria, que se queixa de concorrência desleal.  

Arnaldo Godoy (PT) criticou a intervenção da Polícia Militar, que no seu entendimento teria abusado do uso da força na abordagem de manifestantes que protestavam contra o reajuste do preço das passagens de ônibus. Segundo relatos de pessoas que participaram do protesto, bombas e balas de borracha foram dirigidas contra os manifestantes. Para Godoy, a conduta policial foi inadequada e precisa ser revista. Ainda segundo o parlamentar, o governo estadual vai apurar o ocorrido e trabalha para ouvir os manifestantes detidos. Cerca de 60 pessoas teriam sido presas na ocasião. Pedro Patrus (PT) também condenou os atos de violência ocorridos no protesto.

Para Márcio Almeida (PRP) e Vilmo Gomes (PTdoB), no entanto, a atuação da Polícia Militar durante a manifestação teve como objetivo preservar a ordem e o direito de todos os cidadãos. Gomes destacou a relevância da ação policial para preservar o direito de ir e vir, inclusive daqueles que não participavam do protesto. Márcio Almeida, por sua vez, lembrou que a ação das autoridades buscava conter a ocorrência de atos de desordem e baderna. Segundo informações divulgadas após o incidente, manifestantes teriam supostamente atirado pedras contra policias, antes do início do tumulto.

Uber

Os casos de violência pepetrados por taxistas a passageiros e motoristas cadastrados no aplicativo Uber também estiveram em discussão na reunião desta quinta. O serviço tem causado polêmica em diferentes capitais do país, onde os taxistas reclamam de concorrência desleal, já que o Uber não é regularizado e nem arca com as mesmas obrigações e tributos impostos aos taxistas.

O vereador Jorge Santos (PRB) lamentou as agressões e defendeu a ampliação da discussão sobre o tema, de forma a construir consenso para a regulamentação do aplicativo. Posição semelhante foi defendida por Pablo César – Pablito (PSDB), que destacou que o surgimento de novas tecnologias, comumente, demanda esforços de adaptação por parte de empreendedores, assim como debates a propósito de novos marcos para regulação de serviços.

Já o vereador Lúcio Bocão (PTN), por sua vez, criticou a atuação da Uber, em função de sua partipação irregular no serviço de transporte da cidade. O parlamentar, que é autor de projeto que propõe coibir o uso de carros particulares para o transporte de passageiros, lembrou que o aplicativo tem causado prejuízos aos taxistas, uma vez que não concorre com eles em igualdade de condições.

Assista ao vídeo completo da reunião.

Superintendência de Comunicação Institucional