REUNIÃO PLENÁRIA

Move e estacionamentos subterrâneos dominam pinga-fogo

Contratação de serviço de vigilância nas estações do BRT-Move, construção de estacionamentos subterrâneos por meio de parcerias publico-privadas (PPP), gradis no Edifício JK e desativação do pelotão do Corpo de Bombeiros de Venda Nova foram os temas mais comentados na plenária desta segunda (1º/6). Na primeira reunião do mês, vereadores da oposição criticaram a prestação de contas da Prefeitura de BH e o não cumprimento de promessas de campanha. A reunião foi encerrada antes da votação dos PLs em pauta.

segunda-feira, 1 Junho, 2015 - 00:00
Na 1ª reunião plenária de junho, vereadores se pronunciaram sobre assuntos da cidade (Foto: Mila Milowski)

Na 1ª reunião plenária de junho, vereadores se pronunciaram sobre assuntos da cidade (Foto: Mila Milowski)

Contratação de serviço privado de vigilância nas estações do BRT-Move, construção de estacionamentos subterrâneos por meio de parcerias publico-privadas (PPP), gradis no Edifício JK e desativação do pelotão do Corpo de Bombeiros de Venda Nova foram os temas mais comentados na plenária desta segunda-feira (1º/6). Na primeira reunião do mês, vereadores da oposição criticaram a prestação de contas da Prefeitura de BH e o não cumprimento de promessas de campanha. A reunião foi encerrada antes da votação dos cinco projetos em pauta.

Logo após a abertura da reunião, parlamentares se revezaram ao microfone e na tribuna para se pronunciar sobre temas urgentes e relevantes da cidade, na etapa conhecida como “pinga-fogo”. Levantada por Joel Moreira Filho (PTC), a questão da contratação de uma empresa de vigilância armada para atuar nas estações do Move, que desde a implantação do sistema registram inúmeras ocorrências de furtos, assaltos e vandalismo. O vereador questionou ainda a qualidade do planejamento e execução dos equipamentos, que apresentam vazamentos, goteiras e outros problemas estruturais.

Joel Moreira exibiu a gravação de uma entrevista em que o diretor-presidente da BHTrans, Ramon Vítor César, menciona os custos da medida para o município e diz que o dinheiro seria melhor empregado em áreas como saúde e educação, por exemplo, e afirmou que a declaração demonstra o pouco caso da empresa pela vida e integridade física do cidadão belo-horizontino. Pedro Patrus (PT) reforçou as considerações do colega, criticou a terceirização dessa e de outras funções públicas e lembrou que a cidade já dispõe de uma Guarda Municipal voltada à proteção do patrimônio público.

Vice-líder do governo na Câmara, Leonardo Mattos (PV), destacou a competência do gestor da BHTrans e afirmou que sua fala foi mal interpretada. Para ele, o gestor apenas lamentou a necessidade de ter que empenhar, na segurança das estações, recursos que poderiam estar sendo usados para atender outras demandas urgentes se, em uma situação ideal, a depredação e os crimes não ocorressem nesses locais. O líder Preto (DEM) também classificou a medida como um “mal necessário” e defendeu os esforços, a coerência e a transparência da atual gestão.

Vereadores da oposição declararam que somente a abertura de uma CPI na Casa teria a propriedade de esclarecer essas e outras questões referentes à implantação do BRT em BH.

Estacionamentos subterrâneos

Da tribuna, Joel Moreira criticou ainda a PPP para construção dos estacionamentos subterrâneos nas áreas de maior concentração de veículos, como o Centro e a Savassi. Apresentando imagens de um estacionamento vertical rotatório, o parlamentar apontou os transtornos que as obras poderão vir a causar ao comércio e os custos previstos para os usuários, indicando que “mais uma vez a população pagará a conta para que alguém seja favorecido”. Gilson Reis (PCdoB) e Arnaldo Godoy (PT) também questionaram essa e outras propostas do Executivo, queixando-se da priorização dos interesses econômicos e da “desumanização” da cidade.

Também criticando a administração municipal, Juninho Paim (PT) e Adriano Ventura (PT) lembraram a defasagem e o “descaso” com os salários dos servidores municipais, que se encontram insatisfeitos e em estado de greve, e o atraso na entrega do Hospital do Barreiro e da despoluição da Lagoa da Pampulha, prometidos pelo prefeito. Ventura criticou ainda a baixa quantidade e qualidade das ciclovias da cidade. Questionando a ineficácia e falta de autonomia da Câmara na questão, Gilson Reis destituiu-se da condição de integrante da comissão especial criada para apurar a queda do viaduto Batalha dos Guararapes.

Por sua vez, Leonardo Mattos destacou os benefícios que virão com a eliminação de vagas na superfície e o retorno financeiro dos estacionamentos ao município, e elogiou a iniciativa do colega em debater o que foi e está sendo feito pela prefeitura. Ele ressaltou que toda gestão envolve escolhas e, inevitavelmente, algumas coisas têm de ser priorizadas e outras deixadas para depois, tornando inúteis as discussões depois que as opções foram feitas. Márcio Almeida (PRP) e Heleno (PHS) também elogiaram a atual gestão e pontuaram que as reclamações e cobranças deveriam ter sido apresentadas por ocasião da prestação de contas, ocorrida na semana passada.

Edifício JK

A instalação de gradis no andar térreo do Edifício JK, na área central da cidade, sem consulta aos moradores e aos órgãos do patrimônio público foi denunciada e criticada por Jorge Santos (PRB). O vereador pediu a imediata retirada do equipamento que, instalado com a finalidade de evitar a presença de moradores de rua e seus pertences no local, impede o direito de ir e vir dos cidadãos, modifica a fachada e descaracteriza o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer, protegido por tombamento. 

Além da instalação dos gradis, Arnaldo Godoy também protestou contra a realização de dois eventos no ultimo fim de semana em que espaços públicos da cidade teriam sido cercados e a entrada cobrada, contrariando lei sancionada pela própria prefeitura.

Bim da Ambulância cria comissão

Socorrista, bombeiro civil e filho de bombeiro militar, o vereador Bim da Ambulância (PTN) denunciou o sucateamento e a desativação da 2ª Companhia do 2º Pelotão do 3º Batalhão do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, localizado em Venda Nova. Para empenhar esforços e acompanhar as medidas do poder público sobre a questão, de âmbito estadual, Bim recolheu as assinaturas necessárias e protocolou pedido de criação de uma comissão especial de estudos na Câmara Municipal.

Veja o vídeo na íntegra.

Superintendência de Comunicação institucional