AUDIÊNCIA PÚBLICA

Ensino para surdos e educação bilíngue em pauta na sexta (24)

Um dos pontos questionados é a qualificação dos professores

quarta-feira, 22 Abril, 2015 - 00:00
Um dos pontos questionados é a qualificação dos professores - Foto: Fernanda Zauli

Um dos pontos questionados é a qualificação dos professores - Foto: Fernanda Zauli

A educação voltada para pessoas com deficiência auditiva e a falta de escolas em Belo Horizonte que adotem ensino bilíngue serão abordadas em audiência pública da Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo, na próxima sexta-feira (24/4), às 13h30, no Plenário Amynthas de Barros. A audiência foi requerida pelo vereador Leonardo Mattos (PV).

Na audiência, será debatida a educação voltada para pessoas com deficiência auditiva e a falta de escolas em Belo Horizonte que adotem ensino bilíngue na capital. De acordo com Mattos, os surdos enfrentam problemas graves, tanto na sociedade quanto na área educacional. Ele explica que em Belo Horizonte inexiste uma escola bilíngue, onde os alunos com deficiência auditiva possam ter a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e o Português como segundo idioma. “O Português não é a primeira língua deles e a falta de uma escola bilíngue prejudica o aprendizado”, afirmou Mattos.

Qualidade do ensino

Segundo o vereador, a audiência foi motivada por constatar-se uma queda da qualidade do ensino para alunos surdos. Para o requerente da audiência, há uma grande dificuldade de comunicação dos professores com esses alunos. A rede de ensino contrata professores para uma educação inclusiva, mas alguns professores não têm a qualificação necessária.  Mattos ressalta, ainda, que o problema não se refere somente à questão do Português como segundo idioma, mas é preciso utilizar com o pessoa surda uma pedagogia bilíngue, abordando-se  no ensino desde aspectos culturais, de identidade e história dos surdos, até a questão do Português como segunda língua e da Língua Brasileira de Sinais como primeiro idioma.

De acordo com Mattos, o movimento em prol das pessoas com deficiência auditiva tem ocorrido em todo o Estado e em todo o país, mas o Plano Nacional de Educação, aprovado em 2014, não vem sendo colocado em prática.

Foram convidados para a audiência representantes da Secretaria Municipal de Governo, Secretarias Municipal e Estadual de Educação, Coordenadoria Municipal de Direitos das Pessoas com Deficiência, Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência, professores universitários, pedagogos e jornalistas, Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) e Movimento Educação Bilíngue.

Superintendência de Comunicação Institucional