Vereadores elegem Wellington Magalhães (PTN) para presidente

Em reunião solene na manhã desta sexta-feira (12/12), no Plenário Amynthas de Barros, os vereadores elegeram a Mesa Diretora que assumirá o comando da Casa no biênio 2015-2016. O vereador Wellington Magalhães (PTN) será o novo presidente, acompanhado por outros cinco parlamentares: vice-presidente, Henrique Braga (PSDB); 2º vice, Pablo César- Pablito (PV); secretário geral, Coronel Piccinini (PSB); 1º secretário, Dr. Nilton (Pros), e 2º secretário, Pelé do Vôlei (PTdoB). Pré-candidatos declarados, os vereadores Juninho Paim (PT) e Orlei Pereira (PTdoB) retiraram suas candidaturas pouco antes do pleito, permitindo uma eleição em chapa única. A votação foi nominal, com 25 votos favoráveis e 16 abstenções. Não houve voto contrário, mas alguns parlamentares criticaram influências externas pata votar em determinado candidato.

A Mesa foi eleita com os votos favoráveis de Alexandre Gomes (PSB), Autair Gomes (PSC), Bim da Ambulância (PTN), Bispo Fernando (PSB), Bruno Miranda (PDT), Daniel Nepomuceno (PSB), Edson Moreira (PTN), Elaine Matozinhos (PTB), Elvis Cortes (Solidariedade), Jorge Santos (PRB), Juliano Lopes (Solidariedade), Leonardo Mattos (PV), Marcelo Álvaro Antônio (PRP), Preto (DEM), Professor Wendel (PSB), Ronaldo Gontijo (PPS),  Valdivino (PPS), Veré da Farmácia (PT do B) e Vilmo Gomes (PT do B), além dos próprios vereadores que compõem a chapa. Abstiveram-se dos votos os vereadores Adriano Ventura (PT), Arnaldo Godoy (PT), Doutor Sandro (Pros), Gilson Reis (PCdoB), Gunda (PRP), Iran Barbosa (PMDB), Joel Moreira Filho (PTC), Juninho Los Hermanos (Pros), Juninho Paim (PT), Léo Burguês de Castro (PTdoB), Marcelo Aro (PHS), Orlei Pereira (PTdoB), Pedro Patrus (PT), Sérgio Fernando Pinho Tavares (PV), Silvinho Rezende (PT) e Tarcísio Caixeta (PT).

“Eu sei que vou trabalhar com 41 vereadores e tudo o que prometi na campanha vai ser cumprido. Essa Casa é do povo, e eu me sinto do povo. Vamos administrar na transparência. Toda a Mesa Diretora vai assinar as decisões e o Colégio de Líderes vai participar”, discursou Magalhães. Ele afirmou que os vereadores sofreram pressão do governo estadual para votar no candidato escolhido pelo Executivo. Mas garantiu que a Casa terá atuação independente, embora vá trabalhar em conjunto com o prefeito. O vice-presidente eleito, Henrique Braga, corroborou as palavras de Magalhães. Quando questionado sobre os planos para o próximo biênio, Henrique Braga afirmou que o assunto será discutido em reuniões com a Mesa.

Dissenso

O vereador Iran Barbosa (PMDB) interpelou Magalhães após o discurso, afirmando que este seria um “mau vencedor”, por citar intervenção do Governo de Minas na eleição. “O governo participou sim, mas apenas para proteger vereadores para que votassem republicanamente, sem medo de represálias”. Ele garantiu que não houve pressão do governo estadual para votar em determinado candidato, mas teria havido intervenção do prefeito nesse sentido.

Antes da votação, outros parlamentares usaram o microfone para expressar sua opinião. Adriano Ventura (PT) reconheceu a legitimidade de ambas as esferas (governos estadual e municipal) em exercer pressão sobre a votação.  Ventura, Arnaldo Godoy e Pedro Patrus criticaram a atual Mesa, alegando que ela se curva aos interesses do Poder Executivo e não dialoga com a sociedade, além de destacarem as propostas do então candidato a presidente Juninho Paim (PT). Dentre elas, maior articulação entre a Câmara e a população e fortalecimento e efetivação do Colégio de Líderes.

Já o vereador Gilson Reis (PCdoB) lamentou a falta de debate e afirmou que “o que estamos vendo é a polarização entre dois partidos disputando a hegemonia em várias esferas”. Ele ainda alegou que está ocorrendo uma antecipação da eleição municipal por meio da escolha da Mesa Diretora.  

Os vereadores Delegado Edson Moreira (PTN) e Orlei (PTdoB) admitiram que, na última eleição, sentiram-se compelidos a acompanhar seus pares. Orlei garantiu que terá outra postura, “de trabalhar só com minha própria consciência”. Moreira considerou a eleição “uma oportunidade de me redimir”, apoiando a candidatura de Magalhães, também elogiada por Bim da Ambulância (PTN), que a considerou “articulada e coerente”.

Alexandre Gomes (PSB) ponderou que foi tentado um acordo aos moldes das esferas legislativas estadual e federal, em que todos os partidos têm representação na Mesa Diretora, mas isso não foi possível na Casa.

Fortalecimento do Legislativo

Antes de passar a palavra ao presidente eleito, o atual presidente, Léo Burguês de Castro (PTdoB), fez um balanço dos avanços da Casa sob sua gestão. O parlamentar citou a maior presença nas redes sociais, a criação da Ouvidoria e do projeto Câmara Itinerante. Segundo ele, com o aumento da participação popular, a Câmara se reformulou. Sobre a interferência do Poder Executivo no Legislativo, ele considerou um problema não só municipal, mas nacional. “A verdade é que o parlamento nacional se encontra subserviente ao Poder Executivo, e a política feita hoje é ligada umbilicalmente ao Executivo”. Para ele, fortalecer o Legislativo equivale a fortalecer a população. “Avançamos muito”, concluiu. Secretário-geral nos últimos dois anos, Leonardo Mattos (PV) elogiou a gestão atual, citando a modernização do Regimento Interno e a criação de conselhos de gabinetes.

Superintendência de Comunicação Institucional