AUDIÊNCIA PÚBLICA

Câmara vai discutir medidas para estimular uso racional da água

Em pauta, reaproveitamento da água utilizada para consumo doméstico, comercial e industrial

terça-feira, 11 Novembro, 2014 - 00:00
Em pauta, reaproveitamento da água descartada no dia a dia - Foto Alfonso Benayas/Creative Commons

Em pauta, reaproveitamento da água descartada no dia a dia - Foto Alfonso Benayas/Creative Commons

Estratégias para reaproveitamento da água utilizada para consumo doméstico, comercial e industrial estarão em pauta em audiência pública a ser realizada na próxima quinta-feira (13/11), na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Requerida pelo vereador Juliano Lopes (SD), o encontro será realizado pela Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, às 13h, no Plenário Helvécio Arantes.   

Um dos objetivos da reunião é debater com representantes do Executivo e da sociedade civil alternativas para a reutilização da chamada “água cinza” que é aquela descartada por chuveiros, pias, lavatórios, máquinas de lavar, entre outros equipamentos. Por meio de tecnologias de despoluição, esses recursos hídricos, que podem corresponder a até 80% do que é descartado pelas residências nos esgotos, são passíveis serem convertidos em água apta para reutilização em descargas sanitárias bem como na irrigação de jardins e na lavagem de pisos, paredes e janelas, por exemplo.

Na audiência, estará em debate também o projeto de lei 1165/14, de autoria de Juliano Lopes, que propõe instituir em Belo Horizonte mecanismos para coleta e reutilização da água cinza. A proposta do vereador é estimular o uso racional desses recursos tornado obrigatória a adoção de mecanismos de limpeza capazes de viabilizar sua reutilização. Segundo o projeto, a obrigatoriedade valeria para novas edificações prediais, residências, comerciais e industriais que tenham um volume de consumo igual ou superior a 20m³ por dia.

A matéria, que já está tramitando nas comissões de mérito da Casa, precisa ser aprovada em dois turnos, pelo Plenário, antes de seguir para sanção ou veto do prefeito.  

A expectativa é que audiência pública estimule a discussão, entre o Parlamento, o Poder Executivo e a sociedade acerca de medidas capazes de fomentar a economia de água em um contexto de escassez de chuva e de elevado estresse hídrico nas principais regiões metropolitanas do país.

Foram convidados para a audiência pública, dentre outros, representantes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), do Conselho Regional de Economia e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG) e do Ministério Público de Minas Gerais.

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