REUNIÃO PLENÁRIA

Em pauta Conferência de Política Urbana e avaliação do prefeito

Na reunião plenária desta quinta-feira (6/2), o andamento da IV Conferência Municipal de Política Urbana esteve mais uma vez no centro dos debates, dividindo opiniões. A avaliação do governo do prefeito Márcio Lacerda, divulgada pela Vox Populi, gerou divergências entre os vereadores. A preservação da Serra do Gandarela e a violência urbana também estiveram em pauta.

quinta-feira, 6 Fevereiro, 2014 - 00:00
Vereadores discutem conferência e avaliação do governo Márcio Lacerda

Vereadores discutem conferência e avaliação do governo Márcio Lacerda

Na reunião plenária desta quinta-feira (6/2), o andamento da IV Conferência Municipal de Política Urbana esteve mais uma vez no centro dos debates, dividindo opiniões. A avaliação do governo do prefeito Márcio Lacerda, divulgada pela pesquisa Vox Populi, gerou divergências entre os vereadores. A preservação da Serra do Gandarela e a violência urbana também estiveram em pauta.

O vereador Gilson Reis (PCdoB) falou sobre o pedido de suspensão, por dez dias, da IV Conferência Municipal de Política Urbana, feito ao secretário municipal de Governo, Josué Valadão, pelas bancadas do PT, PMDB e PROS. O pedido foi devido aos tumultos e acusações de restrições à participação popular que envolvem o evento. Segundo Reis, “o apelo é para que a gente possa construir uma Conferência que discuta a cidade, e que a gente tenha um trabalho bem realizado, que possa chegar aqui na Câmara”.

Os vereadores Professor Wendel (PSB) e Wellington Bessa – Sapão (PSB) defenderam o evento. Professor Wendel disse que a etapa na Regional Pampulha transcorreu de forma tranquila e democrática. Para Sapão, um pequeno grupo está tentando tumultuar a conferência. Já Preto (DEM) afirmou ter recebido notícia de que grupos organizados tentam impedir a realização da Conferência na região Norte, e que já estão sendo identificados.

Avaliação do prefeito

Gilson Reis também citou pesquisa realizada entre os dias 17 e 19 de janeiro, pela Vox Populi em que, segundo ele, a avaliação de Marcio Lacerda teria sofrido queda. Os número apontam que 36% dos belo-horizontinos avaliam como ótima ou boa a atuação do prefeito.

Os vereadores Professor Wendel, Sapão e Preto defenderam o prefeito e seu crescimento nas intenções de voto. “Ele foi eleito um dos melhores do Brasil”, elogiou Sapão. Preto questionou a pesquisa, sugerindo que o presidente da Vox Populi teria ligações com o Governo de Minas.

Meio ambiente

O vereador Leonardo Mattos (PV) discursou sobre o nível de água nos reservatórios de Belo Horizonte, segundo ele “em nível de apagão”. Ele lembrou a grande reserva de água existente no subsolo da Serra do Gandarela, (localizada na Região Metropolitana, há cerca de 40 km de Belo Horizonte), que está sendo ameaçada por um projeto de mineração na região: “O Projeto Apolo prevê investimentos de 6 a 7 bilhões de dólares para exploração daquela área em 20 anos. Depois de 15 anos, vamos ter uma grande área degradada”. Segundo o parlamentar, já chegou à mesa da presidente Dilma Roussef um estudo para preservação da região, mas está nas mãos da Câmara Municipal a responsabilidade pela condução do processo. Leonardo Mattos também falou sobre o desleixo dos governos estaduais com a acessibilidade. “Queremos uma posição pró-ativa”, disse.

O vereador Arnaldo Godoy se solidarizou com a fala de Leonardo Mattos sobre a preservação ambiental e a acessibilidade. Sobre o primeiro tema, sublinhou a necessidade de preservar também outras áreas, como a Serra da Moeda (próxima à região Centro-Sul de Belo Horizonte). Ele também usou o microfone para criticar o processo do Mensalão e os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Violência

Violência e tráfico de drogas foram os temas escolhidos pelo vereador Delegado Edson Moreira (PTN) no plenário. Ele lembrou a complexidade de uma investigação e o tempo que leva para ser concluída, mas considerou que o sistema penal aumenta a criminalidade. Para ele, deveria haver mudanças nas leis federais, como a Lei de Execução Penal. “Uma pessoa condenada por 20 anos fica seis anos presa. O gasto do Estado é muito grande. Enquanto imperar a impunidade a tendência da violência é só crescer”, afirmou. Ele também relatou que o tráfico de drogas está crescendo e é responsável por 90% dos homicídios na capital. “O governo federal nada faz, com essas leis pífias. Tem que fazer um movimento urgente para mudar isso”.

Gilson Reis (PC do B) corroborou a fala de Moreira, citando uma pesquisa que indicou um aumento de 76% da violência em Minas Gerais.

A conquista do alvará provisório para os 485 comerciantes da Feira do Mineirinho foi lembrada por Professor Wendel (PSB), que afirmou ter participado do processo.

Assista aqui à reunião na íntegra. 

Superintendência de Comunicação Institucional